Pela providência de Deus, João fora colocado onde Cristo podia dar a ele uma maravilhosa revelação de Si mesmo e da divina verdade, para iluminação das igrejas.
Exilando João, os inimigos da verdade esperavam fazer com que a voz dessa fiel testemunha de Deus fosse silenciada para sempre. Mas, em Patmos, o discípulo recebeu uma mensagem cuja influência devia continuar a fortalecer a igreja até o fim dos tempos. Embora não tendo ficado livres da responsabilidade de seu erro, os que exilaram João se tornaram instrumentos nas mãos de Deus para a realização do propósito do Céu, e o esforço para extinguir a luz acabou dando grande destaque à verdade.
Foi no sábado que o Senhor da glória apareceu ao exilado apóstolo. O sábado era tão religiosamente observado por João em Patmos como quando estava pregando ao povo nas cidades e vilas da Judeia. Considerava como sua propriedade as preciosas promessas feitas em relação a esse dia. “Achei-me no Espírito, no dia do Senhor”, escreveu João, “e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, dizendo: ‘Escreva num livro o que você vê’. […] Voltei-me para ver quem falava comigo e, ao me voltar, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, um semelhante a um filho de homem” (Ap 1:10-13).
Esse amado discípulo foi grandemente favorecido. Ele tinha visto seu Mestre no Getsêmani, com a face marcada pelas gotas do sangue da agonia. “Seu aspecto estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens” (Is 52:14). Tinha visto Jesus em poder dos soldados romanos, vestido com um velho manto de púrpura e coroado de espinhos. Também havia testemunhado o Salvador suspenso na cruz do Calvário, sendo alvo de cruel zombaria e violência. Então, foi permitido a João contemplar uma vez mais seu Senhor. Mas quão mudada estava Sua aparência! Não era mais um “Homem de dores” (Is 53:3), desprezado e humilhado pelas pessoas. Estava envolvido em vestes de esplendor celestial. […] Sua voz era como o som de muitas águas. Seu rosto brilhava como o Sol. Em Sua mão estavam sete estrelas, e de Sua boca saía uma espada aguda de dois gumes, emblema do poder de Sua Palavra. Patmos resplandecia com a glória do Senhor ressurgido (Atos dos Apóstolos, p. 369, 371 [581, 582]).
PARA REFLETIR: Como Deus tem Se revelado a você durante as provações?