A igreja pode ser comparada a um hospital, pois recebe todas as pessoas com todos os tipos de problemas. Ninguém é rejeitado. Nela, os pecadores têm a oportunidade de conhecer o Médico que pode curar todas as feridas.

Agora imagine que um doente vá até o hospital e fique assistindo os procedimentos médicos, até que uma enfermeira o vê e pergunta: “Você está bem?” E ele responde: “Não, estou muito doente.” Preocupada, ela então passa a lhe explicar que no hospital há um excelente médico e o remédio capaz de restaurar sua saúde. Porém, para a surpresa dela, o doente diz: “Eu não quero ficar curado. Estou bem com a minha doença!”

É ilógico um doente ir ao hospital e rejeitar a cura. Do mesmo modo, não faz sentido alguém se aproximar do grande Médico e desejar permanecer em seus pecados. Deus nos aceita do jeito que estamos, cheios de feridas e traumas. Contudo, Ele quer nos restaurar; mas, para isso, Ele precisa do nosso consentimento.

Na caminhada cristã, não dá para falar de perdão sem pressupor a transformação. Deus não Se contenta em tratar apenas os sintomas da doença, Ele deseja eliminar a causa.

O verso de hoje pertence ao relato da mulher adúltera. Enquanto todos a acusavam, Cristo permaneceu ao lado dela. Ele a aceitou da forma como ela estava. Ele não disse: “Olha, você precisa mudar de vida para que Eu possa aceitá-la!” Ele a acolheu suja pelo pecado e cercada de acusadores. Porém, a aceitação de Cristo veio acompanhada de uma exortação bastante direta e clara: “Abandone a sua vida de pecado.”

Muitos se aproximarão de nós, a igreja, em uma condição semelhante à da mulher adúltera. O grande Médico nos pede para que ajudemos essas pessoas a conhecê-Lo e as apoiemos durante o processo de recuperação.