Ao lermos acerca de Lutero, Knox e outros reformadores notáveis, admiramos a força, o ânimo e a coragem possuídos por esses fiéis servos de Deus, e gostaríamos de nos apropriar do espírito que os animava. Desejamos saber de que fonte tiraram força, apesar de suas fraquezas. Embora esses grandes homens e mulheres tivessem sido usados como instrumentos de Deus, não eram sem defeito. Eram seres humanos falíveis e cometeram grandes erros. Devemos buscar imitar suas virtudes, mas não fazer deles nosso modelo. Essas pessoas possuíam raros talentos para levar avante a obra da Reforma. Eram impelidas por um poder acima de si mesmas; mas não eram elas, instrumentos que Deus usou, que deviam ser exaltadas e honradas, mas o Senhor Jesus, que fez com que lhes sobreviesse Sua luz e poder. Que aqueles que amam a verdade e a justiça, que receberam o legado hereditário confiado àqueles porta-estandartes, louvem a Deus, a Fonte de toda a luz.
Se fosse anunciado que mensageiros angélicos abririam às pessoas os tesouros do conhecimento relacionado com as coisas celestiais, que sensação não criaria isso no mundo cristão! A atmosfera do Céu envolveria os mensageiros, e com que vontade muitos ouviriam as palavras que lhes caíssem dos lábios! Livros seriam escritos chamando atenção às palavras dos anjos. No entanto, um ser maior do que os anjos esteve em nosso mundo: o próprio Senhor veio para fazer refletir sobre a humanidade a luz do Céu. Declarou-Se como um com o Pai, cheio de graça e verdade, Deus manifestado em carne.
O Senhor Jesus, que é a imagem do Deus invisível, deu a própria vida para salvar a raça humana que perecia. Oh! Que luz, que poder traz Ele Consigo! Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Que mistério de mistérios! É difícil nossa razão compreender a majestade de Cristo, o mistério da redenção. A vergonhosa cruz se ergueu, os cravos Lhe perfuraram mãos e pés, a cruel lança Lhe dilacerou o coração e foi pago o preço da redenção da humanidade. O imaculado Cordeiro de Deus levou Ele mesmo em Seu corpo nossos pecados sobre o madeiro; tomou sobre Si nossas enfermidades (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 402, 403).
PARA REFLETIR: Qual seria a sensação de se tornar pecado sem jamais haver pecado? Como Jesus Se sentiu quando os seus pecados lentamente foram lançados sobre a pureza perfeita Dele?