Sexta-feira
18 de março
O MANSO E HUMILDE
Pelo contrário, Ele Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se semelhante aos seres humanos. Filipenses 2:7

Habitando conosco, Jesus revelaria Deus tanto aos seres humanos quanto aos anjos. Ele era a Palavra de Deus – o pensamento divino tornado audível. Em Sua oração pelos discípulos, disse: “Eu lhes fiz conhecer o Teu nome” (Jo 17:26) – “compassivo e bondoso, tardio em irar-se e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6) –, “a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles, e Eu neles esteja” (Jo 17:26). Entretanto, essa revelação seria feita não somente aos Seus filhos nascidos na Terra. Nosso pequeno mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso plano de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema que os “anjos anelam perscrutar” (1Pe 1:12, ARA) e será seu estudo por toda a eternidade. Os seres remidos e os não caídos terão na cruz de Cristo seu estudo e seu cântico. Será visto que a glória que resplandece no rosto de Jesus Cristo é a glória do amor abnegado. À luz do Calvário, ficará evidente que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu, que o amor que “não busca os seus interesses” (1Co 13:5) tem sua fonte no coração de Deus e que no manso e humilde Jesus Se manifesta o caráter Daquele que habita na luz inacessível ao ser humano.

No princípio, Deus era revelado em todas as obras da criação. Foi Cristo que estendeu os céus e lançou os fundamentos da Terra. Foi Sua mão que suspendeu os mundos no espaço e deu forma às flores do campo. Ele firma os montes por Sua força (Sl 65:6). “Dele é o mar, pois Ele o fez” (Sl 95:5). Foi Ele quem encheu a Terra de beleza e de cânticos o ar. E, sobre todas as coisas na Terra, no ar e no céu, escreveu a mensagem de amor do Pai.

O pecado manchou a obra perfeita de Deus, mas os traços de Sua mão permanecem. Mesmo agora, todas as coisas criadas declaram a glória de Sua excelência. Não há nada, a não ser o coração egoísta do ser humano, que viva para si. Nenhum pássaro que cruza os ares ou animal que se move sobre a terra deixa de servir a alguma outra vida. Nenhuma folha da floresta, nem mesmo uma simples haste de capim, é sem utilidade. Toda árvore, arbusto e folha liberam aquele elemento necessário à vida sem o qual nenhuma pessoa ou animal poderia existir. Por sua vez, os animais e os seres humanos servem à vida da folha, do arbusto e da árvore. As flores exalam sua fragrância e mostram sua beleza para o benefício do planeta (O Desejado de Todas as Nações, p. 9, 10 [19-21]).

PARA REFLETIR: Para muitos, a mansidão é vista como fraqueza. Como você pode exemplificar a mansidão de Cristo sem ser feito de capacho?