Sexta-feira
04 de agosto
O Mestre do perdão
Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher! João 8:7

história da mulher adúltera revela, em linguagem clara, o que Jesus veio fazer aqui por nós. A pecadora foi levada à presença do Senhor para que Ele desse sua opinião sobre o que deveria acontecer com ela. Segundo Ellen White, os

acusadores “lançaram mão dessa oportunidade para condená-lo […]. Se absolvesse a mulher, seria acusado de desprezar a lei de Moisés. Se Ele a declarasse digna de morte, seria denunciado aos romanos como assumindo autoridade que só a eles pertencia” (O Desejado de Todas as Nações, p. 460, 461, adaptado). Porém, com sabedoria divina, o Senhor desatou o nó e desqualificou o argumento dos líderes religiosos.

A princípio, Jesus usou a estratégia do silêncio, e isso os incomodou. Ele permaneceu quieto e passou a escrever na terra. Os acusadores ficaram agitados com a demora de Jesus em responder e chegaram mais perto dele, para ver o que não queriam. Ao olhar para o chão, leram o relato preciso de seus pecados, os quais o Senhor escrevia.

Os erros desses homens eram muitos, a começar pelo fato de que, segundo a lei de Moisés, no caso de uma mulher apanhada em adultério, quem deveria exigir a pena sobre ela era o marido, que não estava na cena. Além disso, a acusação não poderia pesar apenas sobre ela. O homem com quem a mulher pecara também deveria ser condenado, mas isso não estava acontecendo. Essas duas situações deixam claro que a cena havia sido armada, e a mulher fora induzida ao erro para que os inimigos de Jesus pudessem tentar colocá-lo em uma “saia justa”. Ao escrever na terra, Jesus desmascarou a mentira dos fariseus.

A Bíblia ensina que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23) e que “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Romanos 3:23). A mulher adúltera, seus acusadores, eu, você e toda a humanidade deveríamos, com justiça, receber a condenação de Jesus, o único que não pecou.

Entretanto, o Senhor resolveu agir de maneira diferente. Ele assumiu a nossa condenação e nos deu o direito de viver. Para ser justo ao nos perdoar, Jesus assumiu a nossa dívida e pagou o preço que ela indicava. Só Ele podia nos condenar, mas não fez isso. Ao contrário, da mesma forma como disse àquela mulher, Jesus diz hoje para quem estiver lendo este texto: “Eu também não condeno você. Vá e não peque mais” (João 8:11).