Quando eu tinha 17 anos, fui convidada para ajudar como uma das professoras na salinha dos bebês em minha igreja. Para trocar a decoração da sala e deixar tudo bonito para o sábado seguinte, as professoras combinaram de irmos no domingo à tarde na igreja, que ficava no centro da cidade.
Por volta das 16h, terminamos nosso trabalho por ali. A decoração da salinha ficou um sucesso e estávamos animadas com o resultado. Então nos despedimos e cada uma foi embora.
Eu precisava pegar um ônibus a fim de ir para minha casa. Então me dirigi até o ponto, onde havia apenas mais duas pessoas esperando. O ônibus delas chegou, elas embarcaram, e acabei ficando sozinha. Comecei a perceber que o local estava deserto e estranhei a demora do meu ônibus em chegar. Essa situação me deixou bastante desconfortável e fiquei com medo.
Em alguns minutos, um grupo de rapazes virou a esquina. Eles passaram a me olhar de maneira intimidadora. No mesmo instante, clamei a Deus por socorro. Fazia mais de uma hora que eu estava ali no centro da cidade, sem nenhum comércio aberto, sozinha no ponto de ônibus. Mil coisas passaram pela minha cabeça e senti mais medo. Olhei ao redor. Não teria um lugar para onde eu pudesse correr. Se aqueles rapazes quisessem me fazer algum mal, eu não teria como escapar.
Foi então que olhei para o fim da rua e vi meu ônibus se aproximando. Que alívio eu senti! Logo fui estendendo o braço para dar sinal para o motorista, e o grupo recuou. Subi no ônibus e perguntei ao motorista o motivo de tanta demora. Ele me disse que já fazia uma semana que aquela linha não passava mais por aquele itinerário. Os ônibus que atendiam ao meu bairro agora estavam passando na rua de baixo. Mas, como ele era novo na linha, acabou “errando” o caminho. Os demais passageiros tentaram avisar que ele estava no caminho errado, mas não dava mais tempo de voltar.
Agradeci a Deus, pois eu sabia que o motorista não havia errado o caminho. O Senhor o havia mandado ali para me socorrer e livrar do perigo.
Essa foi uma das minhas primeiras experiências com Deus. Ela marcou minha vida para sempre. Vi claramente Deus mudando o trajeto do ônibus para me ajudar, uma jovenzinha de 17 anos! Tenha a certeza de que Deus enviará anjos para proteger você e salvá-la do perigo.
Renata Nunes Gruber de Oliveira