Parece que, ao olharmos ao nosso redor, não encontramos pecadores entre as pessoas de nossa geração. Nessa sociedade de selfies e supervalorização da imagem própria, todos se apresentam como dignos. O nome de Cristo está na boca de todos. É evocado facilmente por muitos que defendem uma religião superficial, cheia de promessas e sem nenhum tipo de compromisso.
Entretanto, vemos exposta na Palavra de Deus a realidade de uma natureza humana comum a todos. Essa natureza decaída revela como criminoso e homicida o que nunca matou fisicamente. Aquele que tem um casamento supostamente exemplar é revelado como adúltero. Demonstra-se o ódio em quem era visto como amoroso, o piedoso é descoberto em sua hipocrisia. Diante dessa realidade, todos devem descer do pedestal para se colocar frente a Deus.
De fato, somos cheios de culpa. Por mais que nos esforcemos, não conhecemos de perto nossas imperfeições. Mal sabemos como temos falhado e o quanto estamos longe do ideal. No relacionamento saudável com Deus, é essencial assumirmos nossa culpa, não para ficarmos prostrados com um peso enorme, mas reconhecendo nossa condição real de pecadores.
No verso de hoje, vemos que o apóstolo Paulo reconheceu sua condição assumindo-se como o pior dos pecadores. Isso prova que não há mal em sentir-se culpado. Na verdade, somos todos culpados. Nossa condenação é cósmica. O problema é buscar uma escapatória por meio de justificativas, e não por meio da graça de Deus.
Portanto, que Deus nos ajude a reconhecermos o pecador que somos e a ineficácia das desculpas que levantamos na tentativa de nos autojustificar! Reconhecer que somos pecadores, culpados e que carecemos da graça de Deus é o único caminho para nossa justificação e libertação.