Domingo
14 de julho
O peixe pugilista
Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Efésios 4:1, 2

O Betta Splendens é um peixinho miúdo que tem sua origem nas águas quentes e mansas dos arrozais tailandeses. Sua cor original é vermelho-amarronzado com listras pretas, mas, após sucessivos cruzamentos, o peixinho mudou de cor: hoje tem betta lilás, verde, creme ou negro, “puro” ou salpicado com várias cores.

Na época da desova, o macho constrói um ninho de bolhas de ar na superfície, entre folhas e galhos pequenos. Depois, usando as nadadeiras, ele dá um show de movimentos e cores para atrair a fêmea.

Quando ela se aproxima do ninho, ele a abraça com as nadadeiras, por 3 a 4 segundos. Nesse momento ela solta os ovos (cerca de quinhentos a mil ovos) que são imediatamente fecundados. Ele os pesca com a boca e os leva ao ninho. Em aquário, a fêmea deve ser imediatamente separada, caso contrário, o betta mostra seu lado de “menino mau”, matando a companheira.

Por causa desse instinto perverso, é criado na Tailândia como galo de briga. Armam-se campeonatos com apostas e “ringues” aquáticos onde eles são estrelas de boxe. Nesse caso, o betta é menor do que os de aquário, tem nadadeiras pequenas e a cor também não importa. As brigas entre machos betta podem ser fatais, terminando com a morte de um dos oponentes.

A Bíblia nos aconselha a evitar brigas e discussões e a nos suportar uns aos outros. O conselho é oportuno, pois viver em comunidade não é mesmo fácil. Todos nós temos manias e hábitos que incomodam, vontades e preferências nem sempre aprovadas pelos outros. A paciência é necessária porque o verdadeiro amor não é só emoção. É também vontade. É a capacidade de mostrar boa vontade até aos realmente antipáticos. Você acha isso difícil? Pois é mesmo. Mas se não vencermos a amargura, o desejo de vingança e o desejo de dar uns tapas em certas pessoas, estamos longe de ser cristãos.

Esses sentimentos ruins entopem o coração e impedem que o amor de Deus circule em nossa vida. Devemos fazer o bem ao próximo, não importa o que ele tenha aprontado. Só assim teremos o “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus” (Filipenses 2:5) e estaremos nos preparando, de verdade, para viver com Ele no Céu.