Se Deus nos pede que perdoemos, e se amamos a Deus de fato, vamos fazer todo esforço para cumprir Sua vontade. O Senhor disse para orarmos em favor de quem nos ofendeu o quanto antes, por exemplo agora! Temos de confessar toda mágoa e ressentimento a Deus e perdoar nosso ofensor incondicionalmente.
Ellen White afirma que “o evangelho é um grande simplificador dos problemas da vida” (A Ciência do Bom Viver, p. 363). Eu creio nisso. Talvez o maior exemplo disso seja o perdão. Gente que não perdoa é gente complicada. As pessoas muitas vezes complicam a vida por causa de acontecimentos que as ferem, permitindo que ressentimentos sejam arrastados por anos. No início de meu ministério, tive que lidar com dois irmãos que estavam em pé de guerra por causa de um papagaio. E a briga atingiu toda a igreja. Eles viviam em uma zona rural; um deles viu perto de casa um filhote de papagaio e pensou em pegá-lo quando estivesse maior. Porém, o outro armou a arapuca antes e capturou o animal. Pronto, a encrenca estava armada! Nenhum deles queria ceder. As acusações mútuas acabaram envolvendo as famílias, os vizinhos e, finalmente, a igreja.
A pergunta a ser feita é: Se a pessoa não consegue perdoar seu inimigo, será que Deus o perdoou realmente? Será que ela está realmente bem com Deus? Quando concentramos nossa atenção em Jesus e no que Ele fez em nosso favor, todas as ofensas ficam menores. O cristão que não perdoa precisa encarar o fato de que ele se tornou um escravo da pessoa que ele odeia. A vida se torna amarga, o caldeirão do ódio ferve internamente e injeta veneno na corrente sanguínea, perturbando seriamente a saúde emocional e física. E o que é pior: acaba por contaminar todo o ambiente em que ele está.
Paulo disse: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.” Precisamos tomar a decisão de perdoar e esquecer. Diga a si mesmo: “Não irei conversar com ninguém sobre isso; nem mesmo comentar, nunca. Será um segredo meu e de Deus, pelo resto da vida.” Essa decisão é restauradora!