Terça-feira
18 de dezembro
O poder das palavras
Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Tiago 3:10, NVI

William McKendree Carleton, popularmente conhecido como Will Carleton, foi um poeta norte-americano que faleceu em 18 de dezembro de 1912, deixando um rico legado literário. Em seu célebre poema, “A história do primeiro colono”, ele narra a trajetória do corajoso homem que se mudou para o oeste, em um território rural não povoado, levando sua amada e jovem esposa consigo. Naquela vida solitária, ela dedicava todas as suas forças para ajudá-lo e para transformar a humilde cabana em um lugar agradável de se viver. O tempo passou, e o homem ficou muito estressado em virtude do isolamento, do mau tempo, das colheitas malsucedidas e da pobreza.

Certa noite, ao voltar do trabalho, o esposo não viu as vacas no pasto costumeiro. Imediatamente, acusou a amável esposa de não cuidar bem do rebanho, de só ficar deitada, sem fazer nada, deixando todo o trabalho para ele. A jovem não disse uma palavra. Permaneceu em silêncio, completamente devastada. Na tarde seguinte, ao sentir que uma tempestade se aproximava, o homem saiu mais cedo do trabalho e se apressou para voltar para casa. Em cima da mesa, encontrou um bilhete escrito pela esposa, explicando que as vacas haviam fugido novamente, apesar de todo seu cuidado. Pediu-lhe que não a repreendesse, pois havia decidido sair mais uma vez para encontrá-las. Terminou a nota suplicando: “Querido, preencha com amor a força que me falta e tenha palavras gentis para me dizer quando eu voltar.”

Ele terminou de ler o bilhete, então um trovão ribombou, e a tempestade começou. Correndo freneticamente com seu cão, passou a noite inteira em busca da amada esposa. No início da manhã, quando o Sol começou a brilhar, ele retornou ao lar. As vacas estavam exatamente onde deveriam estar. Sim, ela havia conseguido levá-las de volta! Então ele se apressou para entrar na cabana. E lá estava sua esposa, deitada, exausta e sem vida no chão frio… As palavras dela continuavam a ecoar: “Tentei fazer o meu melhor!”

Palavras. Somente palavras. Mas como podem ser devastadoras! Will Carleton acrescentou a seu poema: “Os garotos ao fazerem voar suas pipas as controlam como pássaros de brancas asas; é impossível fazer o mesmo quando se põem a voar as palavras.”

Querido Senhor, que as minhas palavras sempre sejam uma fonte de bênção para os outros, inclusive para meus amados. Amém.