O que nos faz correr o risco de sofrer todas as dores do amor por alguém? Embora amar nos torne vulneráveis, essa experiência aflora nossos sentimentos e magnifica nossas emoções a ponto de não caberem em um só coração. O amor nos faz sentir que estamos vivos. Dá novas cores à vida e torna especial aquilo que é comum. Tudo se torna vivo, cheio de poesia.
O amor é a maior motivação da vida e traz significado à existência. Ele nos ajuda a superar as dificuldades, enche nosso coração de emoções positivas e nos inflama de esperança quanto ao futuro. Incrivelmente, isso é terapêutico. Faz bem ao corpo e à mente.
Além disso, o amor tem poder transformador quando toca os abandonados, os rejeitados e os marginalizados. Tem capacidade de se multiplicar e nunca corre o risco de se esgotar. Por nos tornar vulneráveis, ele cobra seu preço. E o preço é: você pode se machucar, pode não ser amado de forma recíproca.
Provavelmente, você conheça o gosto amargo de amar e em troca receber indiferença. Mas ninguém experimentou essa decepção tão intensamente quanto Cristo em Sua paixão por nós. O amor de Cristo pela humanidade é a prova do mais puro amor e a maior marca de que mesmo o perfeito amor pode ser ignorado. Não basta amar para ser amado. Cristo nos ama, mas, em troca, nós Lhe oferecemos um amor de verão: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Ap 2:4). Com nossa instabilidade emocional e inclinação natural para o egoísmo, somos capazes de desprezar o único amor que nos supre e preenche perfeitamente.
Se você deseja retribuir o amor de Deus por você, saiba que Ele é o único capaz de fazer esse sentimento verdadeiro brotar em seu coração: “Mas o fruto do Espírito é amor” (Gl 5:22). Se as decepções e amarguras da vida são tantas que fazem você duvidar do amor de Deus, escute Jesus dizendo: “Meu filho, olhe para a cruz. Ninguém tem mais amor por você do que Eu.” E o amor vai preencher sua vida.