Existe um programa de televisão chamado O Preço Certo, um jogo que consiste basicamente em tentar acertar o valor de um produto. Além de promover, de forma subliminar, certas mercadorias ou, explicitamente, estimular um estilo de vida consumista, o programa reflete a fixação humana em pagar o preço justo por algo. É desagradável pagar a mais por algo, enquanto pagar menos pode não causar a mesma reação. Geralmente as pessoas ficam felizes quando encontram um preço baixo. Ainda que algo não seja tão barato, procura-se sempre um preço justo.
No aspecto moral, também procuramos retribuições justas. Esperamos que cada pessoa receba exatamente o que merece e nos sentimos incomodados quando alguém que teve uma conduta inadequada tem sucesso na vida. Isso nos parece injusto, porque acreditamos que tal pessoa deveria pagar o preço pelo seu comportamento.
No entanto, é assim que a Bíblia nos apresenta o tema da salvação. O preço justo pelos nossos pecados é a morte eterna. Despidos diante de Deus, não somos nada além de criaturas desorientadas que insistem em agir de maneira imprópria. Em termos estritamente legais, deveríamos ser destruídos para sempre, mas Deus, sem violar a lei, ultrapassa os limites dessa estrutura formal. Ele optou por pagar, de Seu próprio “bolso”, o preço justo, porque a justiça divina sempre caminha de mãos dadas com a misericórdia. Na cruz, essa união se consumou para sempre.
Quanto custam as vestes da salvação? O preço é altíssimo: a vida e a morte do Filho de Deus. E quanto custa o manto da justiça? É igualmente caro. Um preço tão elevado que, à primeira vista, poderia parecer um péssimo investimento quando olhamos para nós mesmos. Mas Deus não enxerga as coisas dessa forma. Ele ama nos ver vestidos de pureza e santidade e bem agasalhados com a cobertura dos méritos de Cristo.
Reconheça o imenso preço que Jesus pagou pela sua redenção. As vestes que Ele nos concede realçam nossa aparência como filhos de Deus, destacam a elegância de nossos modos e costumes, são feitas sob medida e aquecem nosso coração. E o melhor de tudo: são gratuitas – basta aceitar!