Terça-feira
19 de dezembro
O que aprendi com meus bebês
Reconheçam que o Senhor é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dEle: somos o Seu povo, e rebanho do Seu pastoreio. Salmo 100:3

Aconteceu enquanto eu amamentava minha filha mais nova, Eliane. De repente, ela me olhou assim como os bebês olham para sua mãe, encantados. Notei que ela possuía cílios longos, como uma boneca.

Quando eu era criança, sonhava com uma boneca com cabelo. Sempre tive bonecas de plástico, cujo cabelo era apenas uma pintura marrom na parte de cima da cabeça. Os olhos também eram pintados e estavam sempre abertos, obviamente. Mas havia aquelas bonecas que pareciam bebês de verdade. Fechavam os olhinhos e tinham cílios longos. O cabelo era implantado e podia ser penteado. Sempre sonhei com uma boneca assim, mas nunca tive uma.

Olhando meu lindo bebê, percebi que ali estava minha boneca da infância, só que muito melhor, porque era uma menininha viva e bonita. Naquele momento, dei graças a Deus por Sua bondade em satisfazer um pedido da minha infância. Demorou muito, mas foi melhor do que eu poderia alguma vez ter imaginado.

Sempre que temos um bebê, achamos que ele é nosso porque depende de nós para tudo. Achamos que nós somos o seu único meio de sobrevivência e que controlamos a vida dele, inteira. Um dia, descobri que as coisas não são bem assim. E fiz essa descoberta por meio de uma realidade muito simples da vida, que me fez lembrar de que todas as coisas estão nas mãos do Senhor. Na verdade, tudo Lhe pertence. Meus filhos pertencem a Ele.

Qual foi essa ocorrência simples? O momento em que o primeiro dente de leite caiu da boca de minha filha mais velha. Chegara o tempo em que os dentes de bebê de Eliete estavam sendo substituídos pelos permanentes. Eu a havia alimentado, ensinado e protegido. Pensava que tudo dependia de mim, mas um dente me mostrou que Alguém mais estava monitorando as fases da vida dela. Alguém ordenava que os dentes começassem a cair para dar lugar a outros mais fortes. Sim, o Senhor Deus vigiava e tomava conta dos detalhes que eu não podia controlar. Naquele momento, com aquele dente na mão, percebi que minha filha não pertencia a mim. Ela e sua irmã pertenciam Àquele que podia realmente cuidar delas em todos os detalhes.

Não pertencemos a nós mesmos. Pertencemos ao Senhor, que nos dá o amor e a vida.

Het Jane Silva Carvalho