Existem pessoas que têm pouquíssima paciência com perguntas óbvias e as respondem com rispidez.
O verso de hoje relata o encontro do cego Bartimeu com Jesus. Quando soube que o Mestre estava passando, Bartimeu começou a gritar por ajuda. Alguns da multidão pediram para que ele se calasse, mas ele insistiu e gritou ainda mais forte. Jesus ouviu seu clamor e mandou chamá-lo. Quando se encontraram, Jesus perguntou: “O que você quer que Eu faça?” A pergunta parece bastante óbvia.
Naquele tempo, os cegos eram absolutamente excluídos e tratados como a escória da sociedade, pois acreditava-se que a pessoa cega ou seus pais haviam cometido algum pecado e que a condição dela era resultado do castigo de Deus. Por isso, ele estava à beira do caminho mendigando, e as pessoas não tinham compaixão dele. Além de sofrer com todas as suas limitações, o deficiente físico vivia sem esperança.
Tendo em vista tais circunstâncias, qual seria o principal desejo de um cego, especialmente naquele tempo? Jesus obviamente conhecia a necessidade de Bartimeu, pois além de compreender a situação, Ele conseguia ler o coração daquele pobre homem. Então, por que Jesus lhe fez essa pergunta?
Penso que Cristo observou os olhos feridos de Bartimeu e viu ali um homem machucado, não por seus pecados passados, mas sim pela condição caída da raça humana. Como Criador, sentiu amor por Sua criatura e desejou restaurar a visão daquele homem. A pergunta de Jesus mostra que Ele não é um intruso, pois só entra em nossa vida com autorização.
Da mesma forma, hoje Jesus Se aproxima de você e pergunta: “O que você quer que Eu faça?” Não seja rabugento. Faça como Bartimeu e responda de forma simples e direta, apresentando a Ele o desejo do seu coração, pois Ele quer curar suas feridas.