Dois homens, um chamado João, e o outro, José, estavam internados no mesmo quarto de um hospital. Eles compartilhavam suas histórias de vida e suas preocupações. Com o passar dos dias, tornaram-se amigos.
Diariamente, no fim da tarde, a enfermeira levantava a cama de José, que estava próximo à janela. Este relatava o que via do lado de fora para João, que tentava imaginar o que o amigo descrevia.
José lhe contava detalhes do lindo parque que ficava nas redondezas. Falava sobre as várias coisas que as pessoas faziam naquele lugar: pais ensinavam os filhos a soltar pipa, amigos se reuniam para jogar futebol e casais apaixonados passeavam alegremente. Certo dia, ele narrou a impressionante cena de um pai que salvou o filho que havia caído no lago.
Embora apreciasse ouvir as histórias, João desejava ver com os próprios olhos aquilo que o amigo descrevia com tanta empolgação. Uma noite, ele acordou e percebeu que José estava passando mal e não conseguia chamar a enfermeira. Com alguma dificuldade, ele pegou a campainha e pediu ajuda. Quando a enfermeira chegou, era tarde demais. José estava morto.
Pela manhã, enquanto a enfermeira arrumava a cama vazia, João pediu para ficar no lugar de José; e foi prontamente atendido. Assim que ela saiu do quarto, ele se esforçou para olhar pela janela, pois ainda não estava no horário costumeiro de levantarem o encosto da cama. Quando conseguiu erguer os olhos acima do parapeito, para sua surpresa, viu que do lado de fora só havia um velho muro pichado.
Essa história nos mostra que em todas as circunstâncias podemos cultivar uma visão otimista da vida. Bons pensamentos fazem bem ao coração e aliviam o sofrimento. Maus pensamentos, por outro lado, tornam a vida amarga. Enquanto vivermos neste mundo, passaremos por situações difíceis. Mas cabe a nós decidir como lidaremos com elas. A jornada se torna menos difícil quando caminhamos pela fé, procurando enxergar aquilo que está além do nosso campo de visão.