O deslocamento recente para uma bela cidade do sul nos incentivou a procurar um parque para sentarmos e desfrutarmos um lugar calmo e tranquilo. Meu marido e eu o encontramos. É tão pequeno que tem apenas cinco vagas de estacionamento, mas é acessível por trilhas.
Montamos nossas cadeiras do acampamento dobráveis e apreciamos a vista. Através do pequeno lago, espionamos um grande presbitério branco completo, com os pilares que lembram uma construção de outra época.
– Preciso ver aquele lugar – insisti com meu esposo. – Vamos dirigir ao redor do lago até o outro lado para vê-lo.
Enquanto nos sentamos para descansar, imaginei uma escada caracol, uma sala de música e todos os detalhes arquitetônicos que uma casa deve ter.
Após o descanso, fomos até o local. Ao nos aproximarmos, fiquei chocada ao ver a grama na altura dos joelhos e placas “à venda” por todo o terreno. Por que tantas placas? A porta da grande garagem anexada estava desmoronada, como se um jipe militar tivesse batido nela. A casa, antes agradável, agora cheirava a abandono. A necessidade de pintura e reparo de persianas quase gritava: “Por favor, me conserte!” Como isso aconteceu? Minha mente de escritora entrou no modo de imaginação e visualizei que cenas desagradáveis poderiam ter resultado daquela linda casa sendo deixada para apodrecer.
Enquanto pensava na antiga casa, fiquei lamentando sua aparência. Até que me dei conta: É como eu. É como eu ficaria se Jesus não tivesse me resgatado de mim mesma. Mesmo assim, não tenho dignidade. A Escritura nos diz: “Como está escrito: ‘Não há nenhum justo, nem um sequer’” (Rm 3:10).
Somente o Senhor Jesus é digno. Ele é o único a quem quero prestar atenção, imitar, para me tornar como Ele. É esperar demais? Claro que não! Você se unirá a mim para ser Dele, de uma maneira nova e melhor? Ele quer que sejamos Seu reflexo, para sermos como os abençoados, cuja esperança não está neles mesmos. Ele quer que convidemos os outros: “Venham, vejam o belo Jesus!”
Betty Kossick