Às vezes, quando meu coração sofre, faço uma pausa e não consigo seguir adiante. A seguinte história bíblica – contada do ponto de vista de um participante – aconselha-me a levar tudo a Jesus e continuar a jornada com Ele.
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Nossa esperança quanto ao Messias conquistador se estilhaçou. Como foi que interpretamos Jesus tão mal? As mulheres estão claramente mais perplexas que nós. Elas enxergam ilusões de uma tumba vazia e anjos alegando que Jesus vive. Caminhamos penosamente pela estrada para Emaús, virando as costas a Jerusalém, afastando-nos da possibilidade de ver o Salvador ressuscitado.
“Sobre o que vocês estão discutindo?”, pergunta outro viajante. Cléopas para de maneira abrupta. Sério? Esse homem é o único visitante em Jerusalém que não sabe? A tristeza toma conta: pela perda de nosso amigo Jesus, pela perda dos sonhos de um Israel restaurado, pela perda de tempo seguindo o aguardado Messias.
Sempre como Pastor, Jesus não suporta perder uma ovelha, e assim Ele nos busca, convidando-nos a contar nossas mágoas e temores. O estranho pergunta de novo: “Que coisas?” Incentivados a narrar a história, retomamos a jornada com ele.
Quando Caim está revoltado, o Senhor vai a ele e pergunta: “Por que você está furioso?” (Gênesis 4:6). Deus deseja transferir o fardo de nosso coração para o Dele. Isso Lhe dá a permissão de ministrar em nosso favor. O Senhor aconselha Caim: “Saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” (v. 7). O estranho volta nosso foco para a Palavra de Deus. Ele nos ajuda a dominar o desalento e renova-nos a esperança.
A Escritura anuncia o Messias que morre para salvar. O sonho não morreu; o Salvador vive. O Viajante parece continuar a jornada quando chegamos à nossa casa; mas, não querendo nos separar de Sua confortadora presença, imploramos a Ele que entre e parta o pão conosco. Embora não vejamos de modo claro, Jesus Se revela plenamente quando O convidamos a ser o Mestre do nosso coração, o convidado à nossa mesa.
Como devo canalizar essa intimidade, esse coração ardente? Isso me impulsiona ao longo do caminho para a Nova Jerusalém? Quase sem fôlego, conto aos outros que Jesus vive, que temos esperança e um futuro? Ou permaneço em casa para saborear a refeição sozinha?
Rebecca Timon