Na época de Jesus na Terra, as mulheres dependiam totalmente do homem. Uma viúva ficava sob o cuidado do filho. Se não tivesse filhos, voltaria para sua casa.

Outra opção era a lei hebraica do levirato, pela qual ela se casaria com um irmão do falecido. Se não tivesse irmãos, ou o cunhado não assumisse essa obrigação, ela ficaria desamparada.

Jesus, os discípulos e uma grande multidão se aproximavam de Naim, a uns 30 quilômetros de Cafarnaum. Viram um cortejo fúnebre saindo pelo portão. À frente, jazia o morto, cercado por choro e gritos dos pranteadores. Quatro homens carregavam o féretro, e uma mulher sozinha chorava, cambaleando.

O espetáculo deprimente despertou a compaixão de Jesus. O falecido era filho único de uma viúva.

O povo da cidadezinha viera se solidarizar. Jesus, cheio de compaixão, disse: “Não chore!” A viúva, cegada pelas lágrimas, nem vira Jesus. Apenas ouvira Suas palavras.

Apesar de Sua compaixão, dizer a uma mulher que acabara de perder o único filho para não chorar, parece sem sentido e até insensível. Ou Ele disse isso porque era capaz de transformar seu choro em riso?

Então, infringindo as leis rabínicas de não tocar nada impuro, Jesus tocou o esquife. O choro silenciou, e a multidão parou. O Mestre que havia curado enfermos e libertado pessoas da possessão de demônios tinha domínio sobre a morte?

Em seguida, com voz clara e cheia de autoridade, Jesus ordenou ao jovem que se levantasse. Todos se entreolharam, fixaram os olhos no caixão e suspenderam a respiração quando viram o rapaz abrir os olhos. Com a ajuda de Jesus, ele se levantou e dirigiu-se àquela que chorava ao lado, e os dois se abraçaram.

Fascinada, a multidão acompanhava a cena, sentindo-se na presença do próprio Deus. E a procissão fúnebre se tornou em um cortejo triunfal.

Seu coração está enlutado e desolado? O mesmo Deus que esteve ao lado da mãe em Naim está atento a seu coração, pois é tocado de simpatia por nossa dor. Sua palavra, que dá vida aos mortos, é tão eficaz quanto no passado. Seu poder não tem fim! Creia nesse Deus que Se importa com suas dores e lágrimas e é capaz de transformá-las em riso e alegria.