Você já deve ter percebido que, com o tempo, nossas palavras vão sendo ressignificadas. É interessante notar que algumas palavras que anteriormente tinham um significado negativo, hoje assumem um teor positivo. Por exemplo, será que a vaidade ainda carrega um significado negativo? Será que o orgulho ainda é considerado o maior dos pecados?
Somos vaidosos por natureza, mas a Bíblia nos alerta de que a vaidade precisa ser domada: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no seu interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1Pe 3:3, 4). E ainda reforça: “Odeio aqueles que se entregam a vaidades enganosas” (Sl 31:6, ARC).
Ao olharmos para nossa sociedade, em uma concorrência de vaidades (“espelho, espelho meu…”), vemos que onde há separação de Deus, há a divinização do “eu”. O mundo entrou de tal forma em um fervor de vaidades que pode-se procurar com lupa uma classe nobre que não seja vítima dessa realidade. Parece que todos caíram dentro da mesma fogueira das vaidades.
E os cristãos? Eles são convidados a remar contra a maré, a mostrar essa nobreza superior acima das determinações sociais e do espírito da época: “E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam, e tampouco vos livrarão, porque vaidades são” (1Sm 12:20, ARC). Sabemos que todos os troféus e conquistas humanos, todos os deuses pessoais e sociais não passam de vaidade. O texto bíblico nos diz: “Nossos pais herdaram só mentiras e vaidade, em que não havia proveito. Porventura fará um homem deuses para si, que contudo não são deuses?” (Jr 16:19, 20, ACF).
Qual é a alternativa? Para quem correremos então? Para Deus, o único que pode nos conceder nobreza espiritual e uma vida espiritual capaz de resistir às tentações vaidosas de nosso tempo. Se ouvirmos Sua voz, haverá uma decisão voluntária a favor do que é eterno e uma indiferença diante das vaidades humanas.