Quando minha amiga, que vou chamar de Wendy, estava passando por problemas de infertilidade, reivindiquei a promessa do Salmo 113:9 em seu nome. Eu conseguia entender o desejo dela, porque eu também estava esperando por algo. Wendy e seu marido tiveram um lindo menino, e nós celebramos juntas por Deus ter respondido às nossas orações. Mas nunca pensei em reclamar o Salmo 113:9 para mim mesma. Afinal , eu não era “estéril”, só estava solteira. Esperar por um marido era frustrante, mas Deus realizou o meu desejo. Quando Greg e eu decidimos começar uma família, eu já tinha trinta e nove anos. Mesmo assim, engravidei sem problemas.
Contudo, quando Austin nasceu, logo descobri que a parte “alegre” da qual o verso fala não veio automaticamente. As constantes tarefas de amamentar, trocar fraldas, dar banhos, fazer dormir e brincar, intercaladas com limpar a casa, cozinhar e fazer compras de supermercado, eram exaustivas . Era muito mais fácil ser uma mãe frustrada, ansiosa, deprimida, solitária ou até irritada do que ser uma mãe alegre. Felizmente, o restante do Salmo 113 aponta o caminho para experimentar a alegria. O salmo louva a Deus por Sua incomparável grandeza e pela intervenção em nossa vida.
Percebi que, ao me concentrar em Deus e em Suas bênçãos, não sobra espaço para pensamentos negativos! Posso me concentrar nos sacrifícios que fiz para me tornar mãe em tempo integral, ou posso agradecer a Deus pelo crescimento que Ele está trazendo para essa nova fase da minha vida. Posso ficar pensando nas maneiras como acredito que meu marido deveria ajudar, ou posso apreciar as maneiras pelas quais ele já demonstra seu amor. Posso ficar me censurando pelos meus erros (como no momento em que me vi gritando: “Fique quieto!” para o meu bebê que não parava no trocador), ou posso orar pedindo a ajuda de Deus para ser cada vez melhor. Posso viver com medo dos choros do Austin, ou na expectativa dos seus sorrisos.
Quando Austin tinha apenas alguns meses de vida, comecei a cantar para ele todas as manhãs: “Este é o dia que o Senhor fez; eu me regozijarei e me alegrarei nele.” Logo, Austin começou a sorrir quando eu começava a cantar aquela melodia familiar – mas, na verdade, eu cantava mais para mim do que para ele: era uma declaração da minha escolha de ser uma mãe alegre mesmo nas circunstâncias “não tão alegres assim”. Deus está cumprindo Sua promessa!
{ Rachel E. Cabose }