Na mitologia grega, Kairós era o deus da oportunidade. Seus adoradores o representavam como um belo jovem atleta com duas asas nas costas e nos joelhos. Diziam que ele era tão rápido que frequentemente passava despercebido aos olhares desatentos. Ele só tinha uma mecha de cabelo na testa. Sendo assim, só era possível segurá-lo pelo topete. Depois que ele passasse, seria impossível encontrá-lo novamente.
Certamente José não conhecia o mito de Kairós. Entretanto, sabia aproveitar as oportunidades com as quais se deparava. Foi dessa forma que se tornou líder na casa de Potifar e na prisão. Ao ser requisitado para se apresentar na sala do trono, logo percebeu que sua situação poderia mudar.
Além de saber aproveitar as oportunidades, José também entendia a importância de ser fiel até nas menores responsabilidades. Ellen G. White diz: “A atenção fiel ao dever em todas as responsabilidades, desde a mais humilde até a mais elevada, havia preparado todas as suas capacidades para seu mais elevado serviço” (Patriarcas e Profetas, p. 181 [222]). Tudo o que José tinha vivenciado até aquele momento o havia habilitado para ser um instrumento de Deus no palácio do maior império da época.
Ao ser vendido como um escravo por seus irmãos, ele não poderia imaginar que algum dia seria a segunda autoridade mais importante do Egito. O caminho que o conduziu até essa posição foi aberto por Deus, mas o caminhar por ele dependeu de sua disposição e preparo. Quando a Providência abria uma porta, José estava preparado para passar por ela.
A história de José mostra que não há limites para a utilidade de um jovem fiel que entrega sua vida ao serviço de Deus. Muitas vezes corremos o risco de impormos limites à nossa utilidade por causa da preguiça e da falta de interesse. Uma vida de êxito perante Deus e os homens começa com ouvir o conselho sábio de Salomão: “Tudo o que vier às suas mãos para fazer, faça-o conforme as suas forças” (Ec 9:10, NAA).