Os mesmos princípios de piedade e justiça que deviam orientar os líderes entre o povo de Deus nos dias de Moisés e de Davi deviam ser igualmente seguidos por aqueles a quem foi entregue o cuidado da recém-organizada igreja de Deus na dispensação cristã. Na obra de ordenar as coisas em todas as igrejas e na ordenação de homens capazes para agir como oficiais, os apóstolos se orientaram pelas altas normas de governo esboçadas no Antigo Testamento. Mantiveram o princípio de que aquele que é chamado para ocupar posição de maior responsabilidade na igreja “seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1:7-9).
A ordem que foi mantida na primitiva igreja cristã possibilitou-lhes avançarem firmemente como bem disciplinado exército, vestido com a armadura de Deus. Os grupos de crentes, se bem que espalhados em um grande território, eram todos membros de um só corpo. Todos se moviam com ordem e em harmonia uns com os outros. Quando surgia dissensão em uma igreja local, como mais tarde aconteceu em Antioquia e em outros lugares, e os crentes não podiam chegar a um acordo entre si, não se permitia que esses assuntos criassem divisão na igreja. Eram encaminhados a um concílio geral de todo o conjunto dos crentes, constituído de delegados designados pelas várias igrejas locais, com os apóstolos e anciãos nos cargos de maior responsabilidade. Assim, os esforços de Satanás para atacar a igreja nos lugares isolados foram contidos pela ação adequada por parte de todos, e os planos do inimigo para esfacelar e destruir foram subvertidos.
“Porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos” (1Co 14:33). Ele requer que o método e a ordem sejam observados na administração dos negócios da igreja hoje, não menos do que o foram nos antigos tempos. […] Cristão deve estar em união com cristão, igreja com igreja, cooperando o instrumento humano com o divino, achando-se cada pessoa subordinada ao Espírito Santo, e tudo em combinação para dar ao mundo as boas-novas da graça de Deus (Atos dos Apóstolos, p. 95, 96).