Sábado
09 de novembro
Os suricatos
Na noite anterior ao dia em que Herodes iria submetê-lo a julgamento, Pedro estava dormindo entre dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere. Atos 12:6

O deserto do Kalahari, África do Sul, um dos maiores do mundo (2.500.000 km2) é a morada do suricato, também conhecido como mangusto do deserto. Esse mamífero carnívoro de 60 centímetros tem aparência muito estranha. A cabeça termina em um focinho pontudo, deixando à mostra duas presas superiores que apontam para fora, como dentes de vampiro. A orelha bem desenhada é parecida com a orelha humana, e o pelo é marrom-acinzentado com tons amarelos.

Os suricatos vivem em tocas formadas por galerias subterrâneas de um metro e meio de profundidade e de até 12 quilômetros de extensão. Moram em grupos de 12 a 30 indivíduos, onde a divisão de tarefas é perfeita. Em cada grupo, apenas uma fêmea ganha filhotes, mas quando nascem, em número de quatro a cinco, escolhem uma virgem de um ano para cuidar deles. É ela quem os amamenta.

Durante o dia, a principal tarefa dos suricatos é caçar. Sendo pequenos e frágeis, todas as vezes que saem para caçar aranhas, lagartos e outros insetos, um deles fica de sentinela. Esse vigia se mantém literalmente em pé sobre as patas traseiras, com o pescoço levantado de modo que possa vigiar toda a área. Nessa posição, em pé, o suricato pode dar alguns passos. Ele é capaz de ficar várias horas assim e detectar a presença inimiga em um raio de 500 quilômetros. O alerta é dado por meio de um bip intenso que põe a turma toda para correr.

Mas quando o perigo vem do céu, a vigilância do suricato é inútil. As águias conseguem, quase sempre, agarrar suas vítimas antes que o alerta seja dado.

Foi isso mesmo o que aconteceu em Jerusalém, na prisão onde o apóstolo Pedro estava preso por ordem do rei Herodes. Antes que os dois soldados que o vigiavam se dessem conta, o Anjo do Senhor apareceu e libertou Pedro. As algemas se abriram e ele ainda teve tempo de calçar as sandálias e se vestir. Então, passaram por dois postos de segurança e saíram pelo portão principal, onde também havia soldados. Quando estamos sob a proteção de Deus, o inimigo não pode nos manter em sua prisão. Por mais que ele vigie e arregimente seu exército, contra os filhos de Deus nada disso adianta.