Algo marcante aconteceu naquele retiro de jovens em Curitiba. No domingo pela manhã, antes dos momentos de lazer, houve o último encontro, no qual seriam discutidos temas como sexo antes do casamento, guarda do sábado, alimentação inadequada, evolucionismo, entre outros.

A regra era deixar os jovens discutirem o assunto em grupos até esgotarem os argumentos. Depois dessa etapa, o tema seria submetido a um “assim diz o Senhor”, antes de passar para o próximo tópico. Nas diferentes discussões, o que deixou todos os líderes surpresos foi que nenhuma vez a conclusão a que os grupos chegaram precisou ser corrigida e alinhada à palavra de Deus. Eles fecharam os debates exatamente de acordo com os valores cristãos e os princípios bíblicos.

Ficamos intrigados. Sabemos das dificuldades que os jovens enfrentam para manter princípios cristãos nos dias de hoje. Esses temas sensíveis têm sido cada vez mais abordados pela igreja porque a influência da sociedade tem exercido um poder arrebatador sobre nossa juventude. Naquela situação de debate e argumentação, o que mais chamou atenção foi o fato de os jovens cristãos terem um claro senso daquilo que é certo e do que é errado.

Nesse ponto se levanta a grande questão: Se sabemos a diferença entre o certo e o errado, por que escolhemos o errado? A conclusão a que chegamos é que o problema não é discernir o certo do errado. Nosso grande desafio é viver o que sabemos ser correto.

Jesus mencionou esse problema. Na parábola dos construtores (Mt 7:24-27), duas casas foram bem construídas. A diferença estava nos alicerces: uma foi construída sobre a rocha; outra, sobre a areia. Simbolicamente, a rocha representa aqueles que ouvem as palavras e as praticam. Ou seja, não é nosso conhecimento que nos protegerá, mas o que fazemos com ele. O saber e o praticar precisam andar juntos. Se você sabe o que é certo, ore e viva de acordo com o que acredita. As tempestades e as chuvas virão, mas você sairá ileso, pois está alicerçado na Rocha, que é Cristo!