Havia dois amigos no Oriente que lideravam suas caravanas sempre juntos. Durante uma dessas viagens, um deles foi tomar banho no rio e quase morreu afogado, não fosse a ajuda do amigo que lhe estendeu a mão no seu último momento de fôlego. Por isso, chamou um de seus servos e pediu que registrasse o feito em uma pedra grande para que todos que passassem por ali soubessem daquele ato de bondade.
Tempos depois, as caravanas passavam pelo mesmo lugar e, após uma discussão, o homem que havia feito o resgate esbofeteou seu amigo. Todos ficaram impressionados e esperaram ansiosos para ver a reação do líder ofendido. Para surpresa de todos, ele chamou aquele mesmo servo e pediu que registrasse o ato de humilhação na areia. “Mas, por quê?”, perguntou o servo. “Atos de simpatia, afeição e bondade devem ser perpétuos, mas atos de ofensa devem ser perdoados.”
Assim também acontece em nosso relacionamento com Deus. A Bíblia relata uma ocasião em que uma mulher pecadora foi conduzida até Jesus para ser condenada, mas foi perdoada. Graças à misericórdia divina, nossas ofensas que foram confessadas não serão registradas eternamente nos livros celestiais. “De novo terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7:19).
E quanto a você? Qual será sua reação diante de uma ofensa? Você vai deixar para decidir o que fazer na hora? Como cristãos, somos desafiados a reagir conforme a Palavra de Deus. Se fosse Jesus em seu lugar, como agiria? Sabemos a resposta porque, de fato, Ele foi o mais ofendido de todos os homens. Então guardar mágoa, procurar vingança ou reagir sem pensar não fará bem a ninguém e, pior, fará mal ao próprio ofendido. Por outro lado, reagir à ofensa com uma bênção é prova de que Cristo está no controle e que Ele é quem motiva nossas ações e reações.