Quarta-feira
07 de agosto
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Nada têm, porque não pedem. Tiago 4:2?

Sentei-me em meu lugar para a última parte do meu longo dia. Haviam se passado apenas dois dias desde o nosso seminário de testemunhos na igreja. Eu estava orando por uma oportunidade de testemunhar. Minutos depois, um jovem rapaz se sentou ao meu lado. Carlos era um estudante universitário que estava se preparando para correr uma maratona numa grande cidade. Logo, ele me informou que os trabalhos de escrita que tinha que fazer na faculdade eram muito difíceis para ele. Dei algumas orientações e terminei sugerindo que ele fosse conversar com seu professor e pedir conselho. Então, citei Tiago 4:2. 

– A senhora é cristã? – ele perguntou. – A minha mãe também é. 

– E você é cristão? – repliquei. 

– Não. Até fui batizado uns anos atrás na igreja do meu tio, mas as pessoas julgavam de- mais. Por isso, decidi que não precisava de nada daquilo na minha vida e abandonei a igreja. 

Ele compartilhou mais alguns detalhes, enquanto eu implorava a Deus que colocasse as palavras certas na minha boca, as palavras que Carlos precisava ouvir. 

– Sabe – eu disse – ao reagir dessa forma aos comentários deles, você se tornou um brinquedinho nas mãos deles e eles controlavam você. Não foi Deus quem lhe disse essas coisas, então por que abandoná-Lo? 

– Sim, você tem razão – respondeu o rapaz. – Nunca havia pensado nisso. 

Logo entramos numa profunda conversa espiritual, da qual não me lembro mais. Carlos continuou fazendo perguntas e exclamando: 

– Uau! Isso me deixa surpreso! 

Em meu coração, continuei orando por aquele jovem de 22 anos. Ele me disse que já tinha sido abordado algumas vezes por alunos cristãos na faculdade, que queriam que ele se juntasse ao grupo de estudos bíblicos que eles faziam. 

– Eu sempre recusei o convite – ele disse. – Mas agora vou reconsiderar. 

Então, pouco antes de o avião pousar, ele me olhou nos olhos e disse: 

– Será que a senhora poderia me fazer um favor? Poderia orar comigo? 

Será?! Em meu coração, exclamei: “Uau, Senhor!” Eu já não me lembro como foi minha oração com ele ali, mas me lembro de dizer para o Carlos enquanto pegava minha bagagem: 

– Se você ouviu algo que foi útil para você hoje, conte para mais alguém. 

Saí do aeroporto me sentindo nas nuvens e pensando: quando nos dispomos a tes- temunhar sobre Deus, Ele abre as portas. 

Brenda Kiš