Lembro-me do tempo em que morei em Curitiba, próximo ao Parque Barigui. No começo do dia ou no fim da tarde era possível ver um pastor conduzindo seu rebanho de ovelhas. Gostava de observá-las pastando tranquilamente, na grama verdinha do campo.

Brancas, pretas, bege, vermelhas, marrons ou mescladas, elas gostam de estar em grupo. A mãe se chama ovelha, o pai, carneiro e os filhotes, cordeiros.

As ovelhas e toda a sua família são grandes fontes de lucros, por causa do leite com o qual se fabricam queijos finos e caros; da lã com a qual se fazem roupas e tapetes; da pele, matéria-prima de casacos, sapatos, cintos, bolsas e tapetes, e da carne, para consumo. Ao pastarem, ovelhas, carneiros e cordeiros também ajudam a controlar o crescimento de ervas em algumas plantações e o crescimento da grama em grandes campos.

Esses animais são dóceis, belos e delicados – um símbolo de inocência. Mas a visão das ovelhas possui pouco alcance. Sem ter alguém que as guie, seguem a ovelha ou o cabrito mais próximo, sem se preocupar com riscos. Também não possuem mecanismo natural de defesa. Por isso, exigem atenção e cuidados. Raposas, lobos e outros predadores podem cercar a ovelha-mãe, feri-la e roubar seus cordeirinhos.

Quando Jesus contou a parábola do bom pastor, referia-Se a Si mesmo. Desde aquela época até hoje, no Oriente Médio, a figura do pastor é muito popular e conhecida pela sua dedicação e cuidado pelas ovelhas.

Essa figura, uma das mais preciosas da Bíblia, descreve o caráter de Deus e a relação com Seu povo.

Como as ovelhas, os filhos de Deus também dependem do cuidado e da direção de um bom pastor. Desatentos, às vezes se perdem, tornando-se presas do mal. E o pastor precisa ir atrás e trazê-los de volta ao aprisco.

Nessa parábola, Jesus também ensinou que a ovelha precisa ouvir a voz do pastor. Quando as ovelhas ficam todas juntas, o pastor fica na porta do aprisco e as chama. Suas ovelhas reconhecerão sua voz e virão até ele. Assim devemos ser também com nosso Pastor, buscando-O, conhecendo-O para reconhecermos Sua voz.

Quanto reconhecemos a voz de nosso bom Pastor? Você tem permitido que Ele a guie a Seu aprisco de amor?