A mulher de meia-idade entrou como um furacão no meu escritório. Ela estava com muita raiva, pois tinha sido seu aniversário e ela havia ganhado apenas um cartão do marido.
Seu nome era Megan, e ela me disse que gostaria de ter ido comer fora. Primeiro, certifiquei-me de que ir comer fora estava dentro do orçamento deles. Segundo, quis saber quando Megan avisou o esposo a respeito de seu desejo de comer fora por ocasião de seu aniversário. Ela murmurou algo inteligível. Por fim, admitiu que não dissera nada a ele sobre isso. Quando perguntei a razão para essa falta de comunicação, ela murmurou mais um pouco. Megan achava que, se o marido a amasse deveria saber. Isso levou a uma discussão acalorada.
— Independentemente do que você acredita — expliquei — o cérebro humano não consegue ler a mente de outra pessoa. — Ela me olhou atravessado. — Seja o quanto for que seu esposo a ame — continuei — talvez ele não tenha ideia do que você queria de aniversário.
— Ele poderia ter perguntado — Megan respondeu, mal-humorada. Argumentei que ela poderia ter dito a ele, e ela questionou de que lado eu estava. Então disse a Megan que eu estava do lado de uma ação adulta responsável e da comunicação eficaz. Ela reclamou:
— Mas se eu tivesse que pedir, daí o jantar não teria significado algum!
Caí na gargalhada. Eu disse que aquele era o comentário mais disfuncional que eu havia ouvido em anos. Megan tentou não rir, mas um leve tremor dos seus lábios provou que ela estava lutando para não sorrir também.
Deus ama dar bons presentes a Seus filhos (Mt 7:9-11), e Seu exemplo indica que é para nós pedirmos.
— Informe a seu esposo o seu desejo — aconselhei. — Talvez você não receba exatamente o que pediu, mas informá-lo vai lhe dar uma chance melhor de conseguir, e ele não precisará adivinhar.
— Ummm — Megan murmurou. — É, eu bem que gosto de dar aos meus filhos o que eles pediram; isto é, sempre que posso.
É hora de começar a pedir o que você quer, clara e graciosamente. E o mesmo serve para Deus também. Deus convida Seus filhos a pedir.
Arlene R. Taylo