Sexta-feira
27 de setembro
Peixe fora d’agua
O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as Suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19

Cobras rastejam, cavalos galopam, aves voam e peixes nadam. Bem, isso é o normal. É verdade que as cobras já voaram um dia. Isaías fala da áspide cujo fruto é uma serpente voadora (Isaías 14:29). O único cavalo voador de que se tem notícia é o Pégaso, da mitologia grega. E os peixes? Calcula-se em 50 o número de espécies de peixes marinhos que botam as “manguinhas”, ou seja, as barbatanas fora d’água. São pequenos, tamanho entre 10 e 45 centímetros, e voam especialmente quando perseguidos por peixes grandes famintos.

Embaixo d’água, os peixes-voadores mantêm as barbatanas coladas ao corpo. Ao atingirem a velocidade de 50 km/h, decolam em um ângulo de 15 graus e ao mesmo tempo abrem as barbatanas. Assim aproveitam o impulso do ar. Em 4 a 10 segundos, que é o tempo de duração do voo desses peixinhos, eles atravessam 45 metros. Mas há alguns turbinados que conseguem planar cerca de 90 metros a 1,5 metro de altura, decolando repetidamente. Assim, não tem barracuda que consiga pegá-los.

Na água doce, só há uma espécie de batedores de asa: são os peixes-machadinha. O voo deles é curto. Apenas 1,5 metro a 9 centímetros da superfície. Para fazer isso, eles percorrem 12 metros nadando. O que os torna especiais é a força motriz. Fora d’água, o peixe-machadinha bate as barbatanas como uma ave.

Já houve ocasiões em que um peixe-voador foi parar em um navio cujo convés estava 11 metros acima do mar. É claro que o vento ajudou. Para sentir o que um peixe passa fora d’água, é só fechar a boca e apertar a ponta do nariz por alguns segundos. Quando o ar começa a faltar, o desespero se apodera da gente.

Há momentos em que nos sentimos tão sufocados como um peixe fora d’água. Quando somos proibidos de manifestar um sentimento ou uma ideia. Quando nos sentimos reprimidos ou impedidos de continuar a fazer alguma coisa que sabemos ser boa e correta. O sufocamento pode acontecer por razões alheias à nossa vontade, ou pode vir de nosso interior (medos, timidez, egoísmo, raiva ou culpa). Quando você se sentir diminuído, magoado, culpado, sufocado, tente se lembrar de que a seu lado está alguém muito forte, muito grande, muito poderoso, que o ama e é apaixonado por você.