A luta de Jacó pela bênção parece ter começado no ventre de sua mãe (Gn 25:22, 23). Ele estava acostumado a, de um jeito ou de outro, conseguir o que queria pelos próprios meios. Na noite anterior ao reencontro com Esaú, algo diferente aconteceu. Ele lutou contra o próprio Deus e, de acordo com o texto de hoje, venceu.

Vencer Deus em uma luta! Essa parece uma ideia sem sentido. Em todos os cenários, as casas de aposta indicariam o óbvio: ninguém, em sã consciência, arriscaria seu dinheiro em Jacó. Mas, naquela noite, contra todas as expectativas, Jacó foi declarado vencedor. O patriarca saiu cansado e mancando, enquanto seu oponente não havia sofrido nem um arranhão. Jacó visivelmente havia perdido a luta, mas saíra vitorioso em outra esfera.

Ellen G. White escreveu: “Foi pela entrega de si mesmo e por uma fé tranquilizadora que Jacó alcançou o que não conseguira ganhar com sua própria força. Desse modo, Deus ensinou ao Seu servo que unicamente a graça e o poder divinos poderiam lhe dar a bênção que ele tanto desejava” (Patriarcas e Profetas, p. 163 [203]).

A história de Jacó nos ensina que a maior vitória é a derrota do próprio eu. Ter o sentimento de autossuficiência esmagado e submetido a Deus, pela fé, é o principal passo a ser dado na caminhada cristã. Como Jacó, dia a dia, precisamos lutar com Deus em busca de transformação. Essa bênção é obtida por aqueles que perseveram, que não abandonam o Senhor até receberem o que pedem. Saiba que Ele Se agrada disso. Ele fica feliz quando nos apegamos firmemente às Suas promessas com um senso de dependência absoluta.

Se você está enfrentando uma batalha feroz neste momento, certifique-se de que seu sentimento de autossuficiência já tenha sido derrotado por Cristo, pois toda vitória na vida espiritual depende dessa derrota.