Eu amo cozinhar. Amo nutrição. Meu filho me chama de “mestra” da saúde. O ponto dele é: a mamãe é levemente obcecada com culinária saudável.

Em meus melhores dias, eu me sento e planejo o cardápio da semana, procurando receitas e dividindo minha lista de compras entre os três lugares onde terei de ir para comprar cada item específico. Esse planejamento leva cerca de uma hora – às vezes mais, se eu estiver introduzindo novas receitas no cardápio. Daí tem a compra de supermercado que leva umas três horas, ou até cinco, dependendo do comportamento dos meus três filhos naquele dia. Depois que voltamos para casa, separamos os itens e os guardamos, então começo os preparos para a semana. Durante aquela tarde – e provavelmente mais algumas horas do dia seguinte – eu pico, descasco, misturo, lavo e possivelmente monto até que a maioria das refeições esteja pronta ou exija somente um preparo rápido. Embora isso me ajude a economizar o tempo que passo na cozinha durante a semana, cada refeição vai levar pelo menos meia hora entre o freezer e a mesa… e, depois, tem a limpeza.

Sim, eu gasto muito tempo pensando e fazendo comida – comida física, que vai nutrir meu corpo físico. Recentemente, comecei a me perguntar: quanto tempo passo comendo e bebendo… espiritualmente? Tenho meu culto matutino (de trinta minutos a uma hora), o culto em família, oração antes das refeições e o culto familiar noturno. Mas todo esse tempo não chega nem perto do tempo que gasto com a nutrição da minha família todas as semanas. Claro que se acrescentarmos o tempo do culto na igreja aos sábados, isso vai aumentar significativamente o tempo total. Mas quanto desse tempo estou passando intencionalmente com Deus e quanto é apenas interação social com outras pessoas?

Jesus disse que a pessoa que “come a carne” e “bebe o sangue” Dele permanece Nele. Então, se eu vou comer e beber em Cristo, preciso ser intencional, do mesmo jeito que faço com minhas refeições diárias. Preciso ler, orar e memorizar Sua Palavra. Por isso, durante o meu dia, faço questão de ir até Ele, por meio do livro de bolso que tenho do Novo Testamento e dos Salmos e versos colados na porta do armário da cozinha. Permanecer não é algo que ocorre acidentalmente; é uma escolha contínua e intencional. Então, em algum momento, o permanecer vai se tornar automático, partindo de você. É como respirar, como comer.

{ Jennifer Day }