A idolatria sempre esteve presente na história humana. Nos tempos bíblicos, ela se manteve atrelada ao culto às divindades pagãs, que geralmente recebiam formas humanas e eram materializadas em objetos de pedra, madeira ou barro. Em várias civilizações, os próprios elementos da natureza tinham status de deuses. Os incas, por exemplo, adoravam o deus Sol. Os egípcios, por sua vez, incluíam sapos e crocodilos em seu panteão.
No texto de hoje, lemos a respeito da idolatria praticada pelos habitantes de Listra, uma região próxima à Galácia. Após presenciarem a cura de um paralítico realizada por Paulo e Barnabé, aqueles homens endeusaram os apóstolos a ponto de oferecerem sacrifícios a eles. A Bíblia diz: “A Barnabé chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, porque este era o principal portador da palavra” (At 14:12, NAA).
Essa identificação de Paulo e Barnabé com o nome de dois planetas é interessante. Júpiter e Mercúrio, na cultura romana, correspondiam a Zeus (o chefe de todos os deuses) e Hermes (o mensageiro dos deuses). Ao verem a cura do paralítico de nascença, aquelas pessoas imaginaram que o poder vinha de Paulo e Barnabé, não do Criador dos planetas, o único que merece nossa adoração.
Ao ler essa história, fiquei pensando na armadilha em que eu e você podemos cair. Há alguns anos, quem estava na vitrine do mundo eram os atores de Hollywood. Hoje em dia, qualquer pessoa com beleza ou certas habilidades pode se tornar um youtuber ou instagrammer de sucesso, capaz de arrastar multidões nas plataformas digitais. Assim surgem os deuses modernos: verdadeiros consumidores de likes e do tempo dos seus adoradores.
Tudo que ocupa o primeiro lugar em seu coração pode ser considerado um deus. Será que personalidades da música, do cinema, da internet e até dos esportes têm ocupado o espaço do Deus verdadeiro em sua vida? Você passa mais tempo com eles do que com a sua Bíblia aberta? Sugiro que faça diferente hoje. Permita que Deus – o Sol da Justiça – esteja no centro da sua vida. Se isso acontecer, seu mundo vai girar em segurança.