Ontem relembramos as primeiras palavras de Jesus nos evangelhos de Mateus e de Marcos. Hoje continuaremos nossa reflexão pensando em Suas falas inaugurais nos textos de Lucas e João.
Lucas é o único evangelho que traz cenas da infância de Jesus. É dos lábios do menino Jesus que vem Sua primeira sentença aqui. Está escrito: “Por que vocês estavam Me procurando? Não sabiam que Eu devia estar na casa de Meu Pai?” (Lc 2:49). A resposta parece desconcertante, ainda mais quando lemos o verso seguinte: “Eles [os pais] não compreenderam o que lhes dizia” (v. 50). Mas, longe de ser uma resposta atrevida, essas palavras trazem uma verdade profética. Jesus era um filho exemplar. O texto continua dizendo que Ele foi embora com Seus pais e “era-lhes obediente” (v. 51). Desde cedo, Ele conhecia Sua missão. Sabia de Sua relação com o Pai do Céu e estava disposto a tudo para realizar a vontade Dele. Suas palavras comunicam consciência de propósito e submissão à influência divina.
No evangelho de João, as primeiras palavras de Jesus vêm em forma de uma pergunta dirigida a dois rapazes: “Voltando-Se e vendo Jesus que os dois O seguiam, perguntou-lhes: ‘O que vocês querem?’” (Jo 1:38). Essas não foram palavras frias ou duras. Foram palavras gentis. A melhor tradução talvez fosse: “O que posso fazer por vocês?” ou “Em que Eu posso ajudá-los?” Naquele dia, os dois discípulos pediram Seu endereço e receberam abrigo para uma noite, mas a pergunta de Jesus tem dimensões muito mais profundas. Essa é uma pergunta dirigida à humanidade. Aqui é possível enxergar o Calvário. Sim. Pois a maior necessidade humana é de salvação. O maior ato de serviço que o Filho de Deus poderia realizar em favor da humanidade caída era a cruz. Se o Mestre lhe dirigisse a mesma pergunta, qual seria sua resposta?
Quanta coisa podemos aprender com as primeiras palavras de Jesus! Faça da Palavra Dele o primeiro comando para cada novo dia. Abra a Bíblia em busca de direcionamento. Ore: “Senhor, quero viver mais este dia de acordo com o Teu conselho, cumprindo a Tua vontade.”