Meu pai morreu quando eu tinha quatro anos de idade. Minha mãe me deu para uma enfermeira que era amiga do meu pai, a fim de que ela me criasse. Quando eu tinha seis anos, a enfermeira me mandou para a casa da irmã dela, que não tinha filhos. Eu a conhecia como minha “tia”. Quando eu estava com 14 anos, minha tia adotiva me apresentou a uma mulher e me disse o seguinte: “Ela é a sua mãe biológica.”
Eu não conhecia aquela mulher e não tinha nenhuma conexão com ela. Ela ficou um pouco comigo e depois foi embora. Após a visita, eu entendi o motivo de ter sido confiada aos cuidados de pais adotivos. Minha mãe, que se tornou mãe solteira, era tão pobre que mal podia sustentar a si mesma e aos meus irmãos.
Depois da visita da minha mãe, eu comecei a me perguntar por que ela tinha me abandonado aos cuidados de pais adotivos sem sequer ir me visitar. Crescer com meus pais adotivos não tinha sido fácil, mas agradeço a Deus por Sua providência diária. A enfermeira, que tinha me mandado para a minha mãe adotiva, sempre estava por perto tentando me dar o que eu precisava. Mas, às vezes, eu não recebia as provisões necessárias para as minhas necessidades pessoais e diárias, o que me fazia sofrer.
No meu último ano do ensino médio, minha mãe adotiva sugeriu que eu fosse até minha cidade natal, pois sabia que eu não voltava lá desde a minha adoção. A princípio, achei que ela estivesse brincando. Mas ela insistiu, por isso decidi ir. Quando cheguei lá, comecei a procurar pela minha mãe. Infelizmente, o nome pelo qual eu a conhecia era diferente do nome pelo qual ela era conhecida na vila. Por isso, levou algum tempo até que eu conseguisse encontrá-la. Parecia que minha mãe tinha me abandonado e que sua condição de vida era decepcionante e desanimadora. De fato, eu estava em melhores condições com a minha mãe adotiva, apesar dos desafios.
Ao refletir sobre essa parte da minha vida, eu realmente aprecio as palavras de Isaías 49:15, que dizem: “Mas ainda que esta [a própria mãe] viesse a se esquecer […], Eu, porém, não Me esquecerei de você.” Deus assegura que nunca vai nos abandonar ou Se esquecer de nós. Ele Se importa conosco e cuida de nós.
{ Evelyn Osei-Bonsu }