Segunda-feira
11 de maio
Quando o “não” é a melhor resposta
Porque Eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11, ACF

Quando eu e meu esposo começamos a fazer planos de ter filhos, trabalhávamos na mesma empresa. Eu era realizada profissionalmente, tinha um bom salário e um ótimo convívio com meus amigos de trabalho. No entanto, toda vez que eu planejava a chegada dos filhos, tinha o desejo de acompanhar o crescimento deles em tempo integral, mesmo que isso significasse dar um tempo em minha carreira profissional.

Assim que chegou nossa primeira filha, Mariana, passado o tempo da licença-
maternidade, pedi demissão do meu trabalho. Não foi uma decisão fácil, mas eu planejava retornar depois de cinco anos.

Passados dois anos da chegada da Mariana, chegou o Leonardo, nosso segundo filho, que completou a família.

A primeira infância foi passando. Eu me sentia realizada e privilegiada por participar de perto do crescimento dos meus filhos.

Quando a Mariana estava com sete anos e o Léo com cinco anos, numa conversa informal com meu ex-gerente, ele me perguntou se eu gostaria de retornar, pois tinha uma vaga em aberto para ser preenchida. Respondi que ainda não, mas fiquei pensando no assunto por um mês. Então resolvi que seria o momento de retornar ao trabalho. Orei a Deus pedindo que Ele dirigisse tudo. Se não fosse o melhor para nossa família, que Ele não permitisse meu retorno para aquela empresa.

Enviei um e-mail para a empresa, colocando-me à disposição para o cargo, certa de que a resposta positiva viria rapidamente. Mas os dias foram passando e a resposta que eu tinha certeza de que eu teria não chegou. Naquela ocasião, sofri muito. Questionava o que havia de errado, mas só depois de uma semana me lembrei da última parte da oração. Foi então que senti uma paz enorme e a certeza de que meu retorno à empresa não era o melhor.

O que eu não sabia era que brevemente meu filho seria diagnosticado com espectro do autista e precisaria de mim; portanto, uma agenda flexível para acompanhá-lo aos tratamentos de saúde era fundamental.

Reorganizei minha vida profissional escolhendo uma nova profissão. Sinto-me realizada e consigo flexibilidade de horário no trabalho. Sonhei pequeno, achando que estaria por perto dos meus filhos por apenas cinco anos, enquanto Deus planejava tudo de forma perfeita para que eu tivesse esse privilégio por muito mais tempo.

Vera Diniz