Quantas, entre nós, aguardam com expectativa a mudança para um novo lugar – especialmente se nos mudamos bastante ao longo da vida? É sempre estressante deixar nossos amigos, membros da família e a rotina que nos é familiar a fim de nos mudarmos para um local desconhecido.
Com frequência, a mudança significa escolher novas escolas para os filhos, procurar novos médicos, aprender onde comprar produtos pelos melhores preços, encontrar uma casa dentro do nosso orçamento e num bairro seguro. Depois, vem a tristeza por sentir falta dos velhos amigos e o esforço para fazer novas amizades. Mesmo assim, com o tempo, a congregação da nova igreja se torna a nossa nova “família”.
Quando éramos jovens no ministério, nunca desencaixotei todos os nossos pertences porque sabia que, no início do verão seguinte, durante a reunião campal, provavelmente nos mudaríamos de novo. Dito e feito! Quase antes de perceber, lá íamos nós para uma nova aventura. Contudo, ao ficarmos um pouco mais velhos, mudar de localidade se tornou mais parecido com trabalho do que com aventura!
Eu me pergunto se é possível imaginar as mudanças dramáticas que Jesus experimentou ao mudar-Se do Seu lar celestial para viver neste planeta desolador por mais de 33 anos! Deixou para trás uma beleza indescritível, a adoração dos anjos, amizades harmoniosas e a comunhão face a face com o Pai. Deixou tudo isso para vir a esta Terra como o Cordeiro sacrifical de Deus, que viveria, sofreria e morreria entre nós. Sabendo disso, Jesus ainda assim mudou-Se para um novo local.
Aos 12 anos de idade, Cristo reconheceu Sua relação com Deus, Seu Pai celestial. No entanto, não permitiu que Sua humanidade O fizesse de vítima. Assumiu o papel crucial que devia desempenhar a fim de nos salvar. Hora após hora, Ele confiou na força e na direção de Seu Pai. Sabendo de Seu futuro terrestre, mesmo assim era alegre, perdoador e cheio de ânimo para dar aos outros. O próprio Filho de Deus, tão maltratado por aqueles a quem viera salvar, era cheio de amor incondicional, abnegação e perdão.
Pense nisso. A vida dEle, inteira, foi um sacrifício por nós. Jesus considerou que valia a pena morrer por você e por mim! Isso deveria nos tornar dispostas a renunciar a tudo por Ele e nos preparar para aquela mudança que me faz vibrar – a mudança para o Lar que Ele está preparando para nós (ver Jo 14:1-3).
Louise Driver