Em uma véspera de Natal, há alguns anos, sentei-me debaixo da árvore alta e iluminada da casa dos meus pais. Toda a família estava reunida para nossa tradição de abrir os presentes – um de cada vez, do mais novo ao mais velho.

A mais nova era Julie, minha sobrinha. Ao abrir seu presente e notar que era uma boneca que se parecia com ela, olhou-a com admiração e depois a abraçou. Tiramos algumas fotos e ela embalou a boneca, toda feliz, enquanto passávamos para o próximo membro da família.

Seu irmão, Sam, abriu uma caixa de Lego.

– Oba, uma caixa de Lego! – ele gritou. – Obrigado!

Correndo para uma área aberta no carpete, ele abriu a caixa e começou a montar o cenário e brincar com ele.

Depois que demos algumas voltas no círculo, comecei a notar um padrão nas reações. Julie alinhava seus presentes e os admirava. Sam fazia uma pausa para brincar com cada um. Doug, meu cunhado, colocava todos os presentes em uso imediato, logo ele estava usando dois pares de meias, um cinto novo, um chapéu e uma camisa de flanela nova, enquanto lia um livro de humor que havia recebido.

Mas minha avó alemã – a mais velha da família – era a mais divertida. Ela tinha acabado de completar noventa e quatro anos e, depois de abrir cada presente, exclamava: “Ah, nunca vi nada parecido!” ou “Nunca vi nada tão bom em toda a minha vida!”

Achávamos isso um pouco difícil de acreditar, considerando que ela tinha vivido tanto tempo e viajado bastante. Mas com certeza ela fez com que nós, os doadores dos presentes, nos sentíssemos bem.

Aquele foi o último Natal da minha avó. Mas, mal posso esperar para ouvi-la dizer essas palavras novamente – e dessa vez saberei que serão absolutamente verdadeiras: “Ach du liebe Zeit! Nunca vi nada parecido com o Céu! Nunca vi nada tão bom em toda a minha vida!”

Sou muito grata por Jesus ter vindo pela primeira vez – e sou ainda mais grata por Ele estar voltando – para a vovó e para o restante de nós.

Lori Peckham