Estava escuro quando o meu filho, Jack, terminou de atender o último cliente numa noite fria. A caminho de casa, enquanto subia um morro numa estrada coberta de neve, ele perdeu o controle do carro e bateu em um barranco de neve. Enquanto tentava ligar para um serviço de guincho, ele viu uma caminhonete vindo na direção dele. De dentro do carro, Jack deu sinal para o motorista com uma lanterna. O homem parou e se prontificou a puxar o carro do Jack de volta para a estrada e também pelo restante da subida coberta de neve.
Enquanto o motorista tirava a neve que estava debaixo do carro de Jack para amarrar o cabo de reboque ao eixo dianteiro, um carro parou e quatro rapazes que estavam no carro também se ofereceram para ajudar. Além de puxarem o carro de volta para a estrada, eles continuaram puxando até chegar ao topo da subida. Quando meu filho se ofereceu para pagar pelo serviço, eles recusaram qualquer pagamento, dizendo: “É assim que agimos aqui. Nós cuidamos uns dos outros.” Depois de agradecer àqueles rapazes pela prestatividade e cortesia, Jack continuou sua viagem um pouco mais até chegar a uma loja de conveniência.
Jack relatou sua experiência à moça que estava responsável pela loja naquela noite. Ela lhe contou que havia começado a trabalhar naquela loja dois anos antes. Na época, ela não podia comprar um carro, então todos os dias caminhava mais de três quilômetros do trailer onde morava até a loja, e depois voltava para casa andando também. Quando o inverno rigoroso de Michigan chegou, ela não tinha dinheiro para comprar roupas adequadas de inverno, necessárias para caminhar aquele trajeto em temperaturas abaixo de zero. Então, certo dia, alguém deixou uma encomenda para ela na loja anonimamente. A caixa continha um casaco grosso, gorro, cachecol, luvas e botas de neve. As necessidades dela foram supridas e, dois anos mais tarde, ela continuava sem saber quem era a pessoa bondosa por trás daquele ato. Ela disse: “É assim que essa comunidade cuida uns dos outros.” Meu filho ficou bastante impressionado com aquela comunidade rural. Eles verdadeiramente viviam o cristianismo que pregavam — atos falam mais que palavras.
Como Jesus disse, seu próximo é qualquer pessoa em necessidade quando você tem os meios ou a capacidade de ajudá-la.
Patrícia Mulraney Kovalski