Sou a terceira de seis filhos. Quando você lê sobre filhos do meio, eles tendem a ser os mais difíceis de categorizar. Podem ser muito extrovertidos ou dolorosamente tímidos. Eu era muito tímida e tinha uma consciência sensível, o oposto da minha irmã mais velha (a segunda dos seis). Eu era a filha que caía em prantos quando mamãe me olhava diferente.
Minha baixa autoestima era muito forte. O que resultou de tudo isso foi uma vida de profunda culpa e vergonha. Aos doze anos, desenvolvi uma pré-úlcera. Era natural me culpar por tudo. Convenci a mim mesma de que eu era muito ruim porque tinha plena consciência dos meus motivos.
Eu me tornei uma perfeccionista espiritual. Sabia que Deus me amava. A Bíblia me mostrou isso, e Deus não mentiria. Contudo, eu estava convencida de que Ele estava desapontado comigo. Aprendi que Deus lia minha mente e meus motivos. Ele sabia como eu era perversa interiormente. Mas quanto mais eu tentava me tornar melhor, mais vergonha sentia. Não havia alívio.
Eu estava em um ciclo destrutivo do engano de Satanás. Ele é o pai da mentira, e eu acreditei nele. Foi somente quando o Espírito Santo começou a me ajudar a entender e interiorizar o verdadeiro evangelho, que as mentiras de Satanás começaram a ter cada vez menos efeito sobre mim. As escamas caíram dos meus olhos, e vi o verdadeiro caráter de Deus – um Deus que não só me ama, mas me aprecia!
Comecei lentamente a entender que Ele me aprecia não pelo que faço, mas por causa de quem eu sou. A salvação é uma Pessoa, e Seu nome é Jesus Cristo.
Aprendi que, quando eu separo tempo para conhecer Jesus, sou transformada. Acordo de manhã e sei que, quando olho para o meu Salvador, sou radiante para Ele! Eu nunca preciso me cobrir com vergonha. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).
Permita que o Espírito Santo a ensine e a transforme para acreditar na verdade, e a verdade a libertará da culpa e da vergonha destrutivas.
Lee Lee Dart