Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, ou recriação, no verdadeiro sentido do termo, tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida.
O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer. Muitas vezes, é levado ao excesso. Absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil e, dessa maneira, revela-se um empecilho ao verdadeiro êxito da vida. […]
Nunca devemos perder de vista o fato de que Jesus é uma fonte de alegria. Ele não Se deleita na infelicidade dos seres humanos, mas aprecia vê-los felizes.
Os cristãos podem ter fontes de felicidade à sua disposição, podendo discernir com infalível exatidão quais são os prazeres lícitos e legítimos. Podem desfrutar aquelas recreações que não prejudiquem a mente nem rebaixem a alma, as que não tragam desapontamento nem deixem uma influência desoladora que venha mais tarde a destruir o respeito próprio ou a impedir o caminho para ser prestativo. Se, [durante a recreação], podem conservar consigo a Jesus e manter um espírito de oração, estão perfeitamente a salvo.
Todo entretenimento em que pudermos participar pedindo sobre ele, com fé, a bênção de Deus, não será perigoso. No entanto, todo divertimento que nos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso.
Estamos entre aqueles que acreditam ser um privilégio glorificar a Deus na Terra em cada dia da vida. Desse modo, não devemos viver neste mundo meramente para a nossa diversão, para meramente agradar a nós mesmos. Estamos aqui para beneficiar a humanidade e ser uma bênção para a sociedade. Porém, se permitirmos que a mente se solte naquela corrente inferior em que giram os pensamentos dos que buscam simplesmente vaidade e extravagância, como poderemos ser um benefício à humanidade e à nossa geração? Como ser uma bênção à sociedade que nos cerca? Não podemos inocentemente condescender com qualquer diversão que nos inabilite ao mais fiel desempenho dos deveres do dia a dia (O Lar Adventista, p. 512, 513).