Durante a Guerra Civil Americana, aconteceu uma situação inusitada. Naquela época, os jovens cristãos buscavam formas de servir ao exército sem precisar pegar em armas. Felizmente, o governo ofereceu uma solução para casos assim: se o jovem convocado encontrasse um substituto que fosse à guerra em seu lugar, estaria livre da responsabilidade com o Estado. Uma das cartas chegou para um rapaz da igreja. Como ele tinha um amigo que alimentava o sonho de servir ao exército, a troca foi feita. Acontece que, alguns dias depois, o combatente foi morto na guerra.
Cerca de um ano depois, outra carta chegou à casa do jovem cristão, anunciando que ele havia sido convocado novamente. No entanto, ele enviou uma resposta às autoridades dizendo que não poderia ir por uma simples razão: ele estava morto. Quando receberam a carta com aquela estranha resposta, os oficiais ficaram meio indignados, mas curiosos. O caso foi parar nos tribunais, e o jovem ganhou a causa. Os juízes concluíram que, no dia em que o seu substituto morreu no campo de batalha, o próprio jovem também morreu para a guerra. Perante a lei, portanto, era como se ele mesmo tivesse lutado e morrido na batalha.
Essa pequena história me fez lembrar a maior troca de que já se teve notícia no Universo. De um lado está Jesus, o Filho de Deus e Doador da vida. Do outro lado estou eu, pecador e condenado à morte. Na cruz, a transação se tornou visível. Cristo recebeu a morte que estava destinada a mim e, por causa de Seu sacrifício substitutivo, pode me conceder a vida que só pertence a Ele. Isso é um mistério e um milagre! Se está escrito que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), a cruz foi a mesa de negociação. Deus pagou o preço e disponibilizou o perdão. Assim, “já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). O Céu nos entregou tudo quando nos entregou Jesus.
Então, amado, quando o passado lhe enviar cartas desenterrando seus erros e suas culpas antigas, lembre-se do grito do Calvário: “Tetelestai!”, que significa “está consumado”. A conta está paga. O convite está feito. Aceite e viva!