Existem redes mortíferas. Muitas vidas são enredadas todos os anos. Não estou falando do universo da pesca, mas das redes que emaranham pessoas diariamente e as prendem na palma da própria mão. Redes sociais? Isso mesmo! Smartphones e aparelhos eletrônicos conectados à internet abrem um universo de possibilidades. Como tudo na vida, porém, podem ser muito perigosos.

Segundo o site oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a média de usuários que utilizam a internet na faixa etária dos 9 aos 17 anos é de 84%. O dado revela que as crianças e os adolescentes de nosso país estão quase que majoritariamente envolvidos no universo da web. É verdade que esse acesso tem aberto portas para pesquisas e novos conhecimentos, mas é inegável – e muito preocupante – que conteúdos impróprios e sérios riscos à saúde emocional e física dos internautas proliferam nas tramas da rede.

Problemas como dependência psíquica, distúrbios no sono, ansiedade, violência, lesões visuais e auditivas e até suicídio podem estar relacionados ao uso prolongado de jogos, aplicativos e redes sociais. Hoje já se fala de uma doença chamada de “telite”. Ela é caracterizada pelo uso prolongado e excessivo das telas digitais por crianças e adolescentes podendo causar alterações no desenvolvimento cerebral e mental. Outros problemas como grooming (aliciamento de menores na internet), divulgação de conteúdos sexuais e violência de toda sorte no universo digital estão na ordem do dia da nossa sociedade.

As mesmas redes sociais que às vezes nos conectam com os amigos distantes, também podem nos distanciar de quem está próximo. Não minimize os riscos que elas representam para sua vida e seus relacionamentos.

Não se prenda nas redes. Não permita que elas viciem você e que seu tempo precioso seja desperdiçado diante de uma tela. Seja fiel a Deus. Curta e compartilhe as verdadeiras amizades e as coisas que edificam a sua vida e a dos outros. Assim, a rede não aprisionará você.