Como você se comporta quando é corrigido por alguém? A fim de preservar nossa autoestima, frequentemente resistimos à correção. Nosso ego é frágil, por isso tendemos a nos proteger contra qualquer ameaça à sua integridade. Para isso, criamos defesas contra o desconforto e a dor que a correção pode provocar.

Uma dessas defesas é a negação, que entra em ação quando rejeitamos a validade da correção pelo simples fato de ela não nos agradar. Preferimos acreditar que apenas nós estamos corretos, mesmo diante de evidências contrárias. Racionalizamos nossos comportamentos inadequados encontrando desculpas absurdas.

Nesse processo de autodefesa, buscamos nos aliar a pessoas que concordem conosco; e criamos uma bolha ilusória de conforto. Para validar nossa invalidez, acabamos nos tornando ainda mais resistentes aos efeitos da correção. E o resultado disso tudo é a limitação do nosso potencial.

Quem se justifica se apequena, pois é impossível crescer sem conselhos ou correções. Aquele que desculpa a si mesmo é tolo. Por sermos seres imperfeitos, necessitamos de ajustes ao longo da vida. E as pessoas com as quais convivemos percebem mais facilmente quando precisamos delas. Vale ressaltar que revelamos quem somos quando somos contrariados.

O cristão é um ser em desenvolvimento. Por esse motivo, deve estar sempre aberto à correção. Todas as vezes que vamos à Bíblia, encontramos algum aspecto que precisamos mudar. E isso é bom, pois é uma evidência de que ela está cumprindo um de seus papéis. A esse respeito, o apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2Tm 3:16).

É importante, portanto, cultivar a humildade. Isso requer uma dose de coragem para lidar com as falhas do próprio caráter. Dê ouvidos àqueles que corrigem você com amor, pois querem o seu bem. Quem não tiver coragem de ouvir verdades, passará a vida inteira vivendo mentiras. O desfecho de uma vida ilusória certamente não é bom.