O dia estava agradável, e o passeio transcorria normalmente. Um casal de poloneses, juntamente com seus filhos de 5 e 6 anos, admirava as belezas do Cabo da Roca, atração turística que fica a cerca de 30 quilômetros de Lisboa, em Portugal. Trata-se de um penhasco localizado à beira-mar, a uma altitude de 80 metros, que recebe milhares de visitantes todos os anos. 

A fim de conseguir um melhor ângulo para uma selfie, o casal ultrapassou o limite de proteção e acabou se desequilibrando, caindo na imensa falésia. Os filhos pequenos presenciaram o trágico acidente. Devido à instabilidade geológica do terreno, foram acionados um helicóptero e cerca de 14 bombeiros para a retirada dos corpos. Foi um dia de muita tristeza, causada por uma morte extremamente banal. 

Limites servem para nos proteger. Por isso Deus deixou em Sua Palavra diversas “placas” que nos alertam sobre o perigo de ultrapassar a linha entre o certo e o errado. São regras que indicam até onde podemos ir em nossa relação com Deus, com o próximo e com o mundo ao redor. Se obedecermos a esses mandamentos divinos, estaremos seguros. 

Lembro-me de que nos cultos de pôr de sol, em casa, quando criança, recitávamos de cor os Dez Mandamentos (Êx 20:1-17). Muitos cristãos hoje em dia nem sequer conhecem a lei de Deus, e ainda afirmam que ela não é mais necessária. Agindo dessa forma, ultrapassam a barreira de proteção e ficam vulneráveis aos tombos do pecado. 

Quando Deus diz “não adulterarás”, por exemplo, está nos prevenindo de muitos problemas, como a desfiguração de Sua imagem em nós. O Criador nos concedeu o dom da procriação e a capacidade de sentir prazer sexual. Quando, porém, essa intimidade é praticada fora do casamento, só resta confusão e afastamento de Deus. 

Como você tem lidado com os limites nessa área da vida? Cuide com os seus pensamentos, olhares e intenções (Mt 5:28). Busque a pureza e clame ao Espírito Santo por libertação. Lembre-se de que “sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).