Sexta-feira
24 de julho
Rumo ao pódio
Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta. Hebreus 12:1

A partir de hoje, até o dia 9 de agosto, as atenções do mundo esportivo estarão direcionadas para Tóquio, onde será realizada a 32a edição dos Jogos Olímpicos. Dela participarão cerca de 13 mil atletas de vários países, que disputarão mais de 30 modalidades esportivas em busca do primeiro lugar. Tudo por uma glória pessoal, que o tempo se encarregará de ofuscar. Oposta a isso está a jornada cristã, cujo pódio não está limitado a pouquíssimos privilegiados, mas a todos quantos desejarem.

Em Hebreus 12, Paulo faz referência a ela. A conjunção “portanto”, que inicia o capítulo, chama atenção dos leitores para o exemplo de fidelidade, compromisso, perseverança e coragem diante da própria morte, deixado pela “nuvem de testemunhas” mencionadas no capítulo 11. Tendo-as como exemplo, “desembaraçando-nos de todo peso e do pecado […], corramos, com perseverança a carreira que nos está proposta” (Hb 12:1). A metáfora da “corrida” foi utilizada pelo apóstolo ao se referir a seu ministério e sua vida cristã (1Co 9:24-27; Gl 2:2; Fp 2:16; 2Tm 4:7).

Atletas que têm como objetivo o primeiro lugar no pódio não podem negligenciar o condicionamento físico. Naqueles dias, eles costumavam usar pesos no treinamento. Isso ajuda a fortalecer a musculatura, mas carregá-los durante a corrida é insensatez. Assim, o “atleta” cristão deve descartar tudo o que dificulte seu desempenho na corrida cristã.

“Corramos com perseverança”! A pista não é lugar para hesitações. Na corrida cristã, não há intervalos ou parada técnica. Desistência, nem pensar! O som do apito que anuncia o fim é paradoxalmente um toque de silêncio – o da morte. Quando Paulo disse ter acabado a carreira, só lhe restava a execução pela espada de Nero (2Tm 4:6-8).

“Corramos […] olhando […] para Jesus” (Hb 12:1, 2). Nessas palavras está o segredo da vitória. O atleta não tem que prestar atenção nos espectadores. Se ele faz firulas, esperando a aclamação deles ou se preocupa com as vaias, isso pode ser fatal a suas pretensões. Não podemos nos distrair. Olhemos para Jesus, que é, ao mesmo tempo, motivador, impulsionador, capacitador e supremo alvo da corrida cristã.

Estamos na pista. Corramos com perseverança, olhando para Jesus durante todo o tempo e desviando o olhar de tudo o mais, até à linha de chegada – a eternidade feliz com Ele.