Domingo
15 de abril
Sábado à noite em Jerusalém
Desde o pôr do sol do dia nove até o pôr do sol do dia dez, esse será considerado um dia sagrado de descanso, e nele ninguém deverá comer nada. Levítico 23:32, NTLH

Ao ler: “Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus” (Marcos 16:1), fiquei surpresa ao pensar que as lojas estariam abertas na noite de sábado. E me perguntei como teriam sido as noites de sábado em Jerusalém ou em qualquer outra cidade ou vila em Israel.

Quando eu tinha treze anos de idade, nossa família se mudou para a cidadezinha de Goodrich, Dakota do Norte. A noite de sábado era a maior noite da semana, quando todos – fazendeiros, moradores da cidade, crianças – iam ao centro. Podiam estar ali para fazer compras, encontrar amigos e andar de carro para cima e para baixo pela curta rua principal, mas ali estavam eles. Todas as lojas ficavam abertas; as luzes, acesas. A cidade fervilhava.

Como você supõe que seria a noite de sábado na Palestina? Será que as pessoas contavam as horas e os minutos até que o sol declinasse, e elas pudessem fazer o que haviam desejado fazer o dia todo, perdendo assim o repouso e o benefício do sábado? No tempo do Antigo Testamento, havia três práticas quanto às quais os profetas advertiam: a adoração de ídolos, a guarda do sábado e as questões relacionadas com justiça e compaixão. Bem, as pessoas se livraram dos seus ídolos, fizeram inúmeras regras quanto à guarda do sábado e continuaram ignorando a justiça e a misericórdia.

Quando Neemias retornou a Jerusalém após uma licença, descobriu que as pessoas estavam novamente profanando o sábado. “Portanto, ordenei que os portões da cidade fossem fechados antes que começasse cada sábado, logo que fosse ficando escuro, e que não fossem abertos de novo até que o sábado terminasse” (Neemias 13:19, NTLH). Então, ele descobriu mercadores “e negociantes que vendiam todo tipo de mercadoria” (v. 20) esperando, fora dos muros, que o sábado terminasse para que pudessem entrar na cidade; ele ameaçou prendê-los (v. 21). Mas, obviamente, a noite de sábado era um momento excelente para comprar e vender.

Fico contente porque as lojas estavam abertas para as duas Marias e Salomé; às vezes, imaginamos que o mundo delas era completamente diferente do nosso. Mas não era – a natureza humana não mudou. Necessitamos do Salvador ressurreto tanto quanto elas, se é que não mais ainda!

Ardis Dick Stenbakken