Esse texto bíblico consegue definir exatamente o que sinto agora. Pelos compromissos que a vida adulta nos leva a assumir, eu me distanciei da minha família, os Crepaldi, com muito pesar. Isso não significa em absoluto que não os guardo no meu coração e nas minhas orações. A saudade é grande dos meus tios e primos da minha infância, ainda que não morássemos assim tão perto.
Para você entender melhor meu sentimento, vou descrever um pouco essa família de descendentes de italianos. Quando nos reunimos, há muito barulho, alegria e muito amor.
Há alguns dias, recebi um convite de casamento da minha prima caçula. Fiquei muito feliz! Minha vontade e expectativa de estar com meus parentes eram enormes. Eu sabia que meu tio havia feito todos os esforços para juntar essa família, que não é pequena. Em uma soma rápida, acho que passamos de 150 descendentes que meus avós deixaram. Mas o que aconteceu foi que, com a esperança de estar com eles, veio toda uma realidade que lutava contra esse encontro. Confesso que a decepção em confirmar que não poderia estar com eles foi imensa. Meu coração chegou a doer e lágrimas brotaram.
Diante dessa situação, refleti sobre a saudade. Essa é uma palavra muito comum na língua portuguesa, mas difícil de traduzir para outras línguas. Saudade… Sinto saudades de muitas coisas, pessoas e aromas. O que torna essa palavra especial é pensar que só sentimos saudade daquilo que foi importante ou que fez bem para nós. Comecei a pensar na saudade que tenho do meu Jesus. Vivi muitas coisas com esse amigão, mas tenho saudades do que ainda não foi vivido. Meu hino preferido é “Saudade” (Hinário Adventista, no 340). Gosto de cantá-lo e imaginar quando esse sentimento não mais fará parte da existência humana, pois a saudade muitas vezes machuca.
O convite é para você que sente saudade de alguém ou de alguma coisa: Pense em Jesus e no pouco tempo que resta para que esse sentimento seja de uma vez por todas exterminado. Isso terá fim, e nunca mais iremos ficar longe de Cristo e daqueles que amamos. Aguardo esse dia, e você?
Fabíola Crepaldi Gondin Vaz