Quarta-feira
13 de maio
Segurança em meio à tempestade
Ele Se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme-se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Então perguntou aos Seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” Marcos 4:39, 40

Minha filha e eu havíamos saído logo após o almoço para uma consulta de rotina ao pediatra. Não esperávamos que aquela manhã de sol e céu azul se transformasse em escuridão e medo. Quando desembarcamos de volta para casa na estação do metrô, percebi que o forte vento derrubava as barracas de vendedores na calçada; relâmpagos e trovões completavam o prenúncio de que uma grande tempestade estava por vir. A tarde havia se transformado em noite na cidade de São Paulo.

Por ser uma estação de metrô elevada, fomos orientados a nos dirigir ao piso térreo. Lá muitas pessoas se aglomeravam. Eu segurava firme minha filha, de quatro anos, e ela, agarrada ao meu pescoço, disse ao meu ouvido: “Mamãe estou com medo; vamos para casa!”

Olhei para ela, e pensei: Não podemos sair. Mas ela insistiu: “Por favor, mamãe, peça para Jesus segurar a chuva e a gente chegar em casa.” Abracei minha filha com muita força. Naquele momento era eu a criança com medo, pedindo ao Pai: “Por favor, segure a chuva até chegarmos em casa.” Quando terminei aquela breve oração, vi que tudo continuava escuro, mas os ventos, trovões e relâmpagos haviam cessado.

Enquanto caminhava com minha filha em direção à nossa casa, sentia como se uma mão segurasse as nuvens prontas a se romper sobre nossas cabeças, enquanto outra mão não deixava que o vento nos alcançasse. Durante o percurso, nós cantávamos: “Meu Deus é tão grande, tão forte e poderoso, pois tudo Ele pode fazer.”

Subimos as escadas do acesso ao hall do prédio e, quando finalmente entramos, o céu se abriu e a chuva caiu com trovões e raios. Ali mesmo nos ajoelhamos e agradecemos
a Deus por Sua proteção. Naquela noite, relembrando histórias bíblicas, percebi no rostinho da minha filha que agora tudo na Bíblia era de fato real.

Onze anos se passaram. Outras “tempestades” vieram, mas em todas elas sentimos a mesma proteção de Deus como naquela tarde.

Agradeço por esse momento, pois, em situação de medo e perigo, vejo minha filha hoje com 15 anos contando à irmã mais nova como Deus cuidou e cuida de nós.

Querida amiga, não tenha medo das tempestades em sua caminhada. Confie em Deus. Ele é capaz de segurar a chuva só para você chegar em segurança em casa.