A gratidão é uma virtude, mas nem todos a possuem. É fácil encontrar pessoas insatisfeitas com o que têm ou com o que são. Isso ocorre principalmente quando alguém se concentra mais na prosperidade alheia do que nas bênçãos de Deus em sua vida. Alguém pode ser feliz com as coisas que possui. A ingratidão, no entanto, faz com que os olhos se desviem da própria alegria e se concentrem no sucesso alheio. A inveja é parente da falta de contentamento. O sentimento de ingratidão cria falsas necessidades e estimula a busca de objetivos egoístas que estão longe de ser uma prioridade na vida.
A história de Lúcifer exemplifica claramente essa realidade. Ele era mais honrado que a maioria dos anjos. Era um querubim cobridor. Tinha privilégios que pouquíssimos seres criados experimentaram. Obviamente, isso deveria ser suficiente para contentá-lo. Ele morava no Céu e servia a Deus com os outros anjos. Porém, de uma maneira inexplicável, Lúcifer cobiçou o absurdo: ter o que o Filho de Deus tem. Seu orgulho o fez desejar as prerrogativas de Cristo. Como é um ser criado, não deveria receber adoração. Em sua obstinação pecaminosa, desejou tomar o lugar de Deus. O resultado foi destruição, desgraça e morte. Tudo começou com a falta de contentamento e ingratidão.
A pessoa ingrata sempre será tentada a deixar o certo pelo duvidoso. Ao minimizar o que tem e desejar o que é do outro, inclina-se a rejeitar sua fonte de felicidade para tentar alcançar a alegria do outro. A falta de contentamento leva alguém a considerar a grama do vizinho mais verde.
Quem vive assim nutre insatisfação e infelicidade. Quem não tem um coração agradecido não usufrui uma vida plena e feliz. Portanto, não perca tempo cobiçando a prosperidade alheia. Olhe atentamente para a bondade de Deus concedida a você e seja grato!