Estar na multidão é diferente de ser multidão. Não há problema em estar, mas ser pode deixar você em maus lençóis. Todos nós temos permissão para admirar e seguir alguém, porém nem todos o fazem de maneira inteligente e bem pensada. Às vezes, por distração, inércia ou devido à pressão do grupo, dizemos e fazemos coisas que, se estivéssemos sozinhos, jamais nos atreveríamos.
Isso aconteceu na história dos artífices de Éfeso, na Grécia. Um homem chamado Demétrio, com grande capacidade de persuasão, induziu o povo a se opor à pregação dos apóstolos, porque, segundo ele, a vida e a religião da cidade inteira estavam em perigo. O cristianismo fez que o lucro dos fabricantes de estatuetas e imagens de escultura ficasse ameaçado. Muita gente aderiu àquele movimento e apoiou as reivindicações sem perceber que aquele assunto não era de fato de interesse geral, como argumentavam os artífices.
Veja bem. Pensar com a cabeça alheia e sentir com o coração do outro às vezes não é questão de sintonia, mas de covardia. Pensar, sentir e agir por si mesmo é sempre um ato de coragem; um ato que Deus nos convida a praticar diariamente, pois é o único jeito de ser cristãos de verdade.
A – não pequeno alvoroço (v. 23)
B – Demétrio… aos artífices (v. 24)
C – grande deusa Ártemis [ou Diana] (v. 27)
D – Grande é a Ártemis dos Efésios (v. 28)
E – porque o ajuntamento era confuso (v. 32)
E’ – não sabiam por que… se tinham ajuntado (v. 32)
D’ – Grande é a Ártemis dos Efésios (v. 34)
C’ – grande deusa Ártemis (v. 35)
B’ – Demétrio e os artífices (v. 38)
A’ – perigo de sedição (v. 40)
Em Atos 19, a mensagem central do texto está no verso 32, que diz que muita gente naquela multidão sequer sabia por que estava ali (ver diagrama). O conselho que o texto nos dá, portanto, é: Fique atento às razões que movem você a se juntar com os outros para fazer o que quer que seja.
Nem todas as reuniões são inocentes; nem tudo o que se faz em grupo agrada a Deus; ao menos não ao Deus de Israel. Fica a dica. Não esqueça!